O apagão obrigou hoje ao encerramento de supermercados e restaurantes no Algarve, mas escolas e o Aeroporto Gago Coutinho mantêm-se a funcionar, constatou a agência Lusa.

No Aeroporto de Faro, os aviões continuam a partir e a chegar dentro da normalidade, não havendo passageiros concentrados no exterior do aeroporto ou filas de trânsito para aceder àquela estrutura.

Vários postos de combustível e supermercados da cidade, sobretudo os maiores, encerraram portas devido à impossibilidade de ter as caixas a funcionar, mas alguns minimercados mantiveram-se abertos, pesando frutas e legumes a 'olho'.

Um desses minimercados, na baixa da cidade, recebeu uma enchente de pessoas, que levavam consigo, sobretudo, garrafões de água, pão embalado e conservas, numa tentativa de se prepararem para várias horas sem eletricidade.

A Escola Joaquim Magalhães, no centro da cidade, manteve-se em funcionamento, tendo sido servidos almoços no seu refeitório, com a direção do estabelecimento a explicar aos pais que não iria impedir os alunos de sair, mas que uma 'debandada' poderia causar perturbações.

Em Vila Real de Santo António, o trânsito circula com normalidade, devido à inexistência de semáforos no concelho, mas a falta de luz está a ter impacto no comércio e na vida quotidiana.

Cafés e restaurantes não conseguem funcionar, tal como as lojas, que estão sem acesso a equipamentos de pagamento automático.

A falta de luz está também a ter impacto no acesso a casa de quem vive em prédios com vários pisos, porque os elevadores estão inoperacionais.

Naquela região também estão a ser sentidas dificuldades nas comunicações telefónicas, mas há disponibilidade de Internet via telemóvel.

Na cidade de Olhão, muitos restaurantes fecham à segunda-feira, mas os poucos abertos decidiram fechar antes do almoço.

A Lusa constatou também naquela cidade uma corrida aos supermercados, com os parques de estacionamento cheios e as filas maiores do que o habitual para pagar.

Em Portimão, fonte da Câmara Municipal disse à Lusa que está "tudo paralisado".

"Só funciona quem tem painéis fotovoltaicos montados e são em número significativo", não tendo a autarquia informações sobre o fecho de restauração.

A Câmara alertou ainda que a proteção civil municipal pede para que, em caso de emergência, o contacto seja feito pelo 'whatsapp'.