
O Fórum Madeira Global 2025 prossegue, esta tarde, com uma mesa-redonda, moderada por Gil Rosa, com a participação de Sancho Gomes, do embaixador António Martins da Cruz, da investigadora Cátia Ornelas e do jornalista Paulo Santos, que reflectem sobre os desafios e as oportunidades das comunidades madeirenses no exterior, no contexto do cinquentenário da Autonomia.
“Sem a Madeira e os Açores, Portugal não era um país atlântico. (…) uma densidade geoestratégica e geoeconómica que outros países não têm”, considerou, na sua intervenção, o embaixador e antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas.
Por outro lado, sobre as questões europeias, exortou a Madeira a fazer um pouco mais de lóbi em Bruxelas. “Era capaz de não ser mau a Madeira fazer um pouco mais. (…) Não seria despiciendo se houvesse mais uma bandeirinha”.
Em resposta, ainda que fuja à sua alçada, a questão dos assuntos europeus, o director regional Sancho Gomes concordou em teoria com esta maior intervenção. “Obviamente que mais uma bandeirinha não fará mal”. Considerou mesmo que a autonomia “serve para não deixar nas mãos da República aquilo que podemos fazer com as nossas próprias mãos”.
O jornalista Paulo Santos falou da importância da criação da autonomia política para o ritmo de crescimento que hoje ostentamos. Além de potenciar o investimento económico, defendeu um reforço da rede de difusão cultural.
A investigadora Cátia Ornelas registou que a autonomia está ligada à identidade. Algo que está vincado nos madeirenses.