
Sebastião Bugalho defende que o Governo da AD não pode marginalizar o Chega. Em entrevista à Rádio Renascença e ao jornal Público, o eurodeputado do PSD defende que o Chega deve ser integrado de forma responsável.
"Não podemos ignorar o facto de o Chega ter tido uma votação particularmente expressiva e neste momento ser a segunda força política representada em Portugal. É mais perigoso para o regime pôr o Chega fora do regime do que dentro do regime", disse.
O eurodeputado acredita que, se o partido for integrado de forma responsável, vai ser possível "conter os seus ímpetos de maior radicalismo e populismo e ao mesmo tempo não marginalizar o eleitorado que já se sente marginalizado".
"Nós não podemos marginalizar o Chega, ao mesmo tempo que não iremos depender dele", conclui.
Chega elege dois deputados na emigração e é a segunda força política em Portugal
O Chega ultrapassou o Partido Socialista (PS) e tornou-se, após a contagem dos votos dos emigrantes nas eleições legislativas, a segunda força política com mais deputados na Assembleia da República.
O partido liderado por André Ventura, que venceu nos dois círculos da emigração - Europa e Fora da Europa - vai eleger mais dois deputados e passa a ter 60 representantes no Parlamento, mais dois que o PS, com 58. Os outros dois mandatos serão atribuídos à AD, que vê reforçada a presença parlamentar, com 91 deputados.