
Rodrigo Silva foi empossado como presidente da JSD do Porto Moniz, ontem, numa oportunidade para assumir o compromisso de reforçar a ligação entre os jovens e a política local, através de uma actuação próxima, proactiva e com resultados concretos.
O recém-empossado presidente destacou a urgência de dar voz aos jovens do Porto Moniz, integrando as suas preocupações nas decisões do presente. “Queremos uma JSD com identidade própria, que saiba ouvir, mobilizar e propor. A política precisa de jovens que não se limitem a criticar, mas que se comprometam com soluções e estejam dispostos a trabalhar por elas”, assumiu.
Rodrigo Silva denunciou a necessidade de se criarem condições para que os jovens possam permanecer no concelho e contribuir para o seu crescimento, defendendo uma aposta clara no interior. Por isso, as prioridades são o incentivo ao empreendedorismo, o acesso à habitação e o combate ao isolamento.
Valter Correia, presidente da Comissão Política do PSD Porto Moniz, destacou o papel fundamental da juventude na renovação do projeto social-democrata no concelho. “A JSD dá vitalidade ao PSD. Precisamos de uma juventude irreverente, participativa e comprometida com a construção de um futuro melhor. Só com essa energia é que conseguiremos transformar verdadeiramente o nosso concelho”, considerou.
Na ocasião, criticou a actual gestão socialista no município, indicando que “o Partido Socialista está no poder há 12 anos, já gastou mais de 100 milhões de euros, e os resultados continuam por aparecer. O concelho precisa de soluções reais, não de promessas vazias”.
Por seu lado, o presidente da JSD Madeira sublinhou que os desafios que a juventude enfrenta atualmente são distintos dos vividos nas décadas de 80, 90 e 2000, mas não menos exigentes. “Hoje há menos jovens, mas isso não significa que tenhamos menos responsabilidades. Pelo contrário: enfrentamos problemas mais complexos e temos de estar à altura”, afirmou Bruno Melim.
Na sua intervenção, fez questão de frisar que a JSD é, actualmente, a única estrutura juvenil com representação em toda a Região, facto que, na sua perspectiva, reforça a responsabilidade de ser uma verdadeira voz da juventude dentro do partido. Nesse contexto, apontou três áreas prioritárias para a ação política da estrutura: a emancipação jovem, o acesso ao emprego e a saúde mental. Considerou essencial a definição de políticas inovadoras que promovam a autonomia dos jovens, com especial enfoque no acesso à habitação e na conquista da estabilidade económica.
Quanto ao emprego, destacou as dificuldades sentidas por muitos jovens, que enfrentam obstáculos logo nas primeiras etapas da inserção no mercado de trabalho, sobretudo na obtenção dos estágios de acesso à profissão.
Mais de metade dos jovens pensa emigrar depois de terminar os estudos. Precisamos de foco, de vontade e de soluções reais. O norte da Madeira tem um valor ambiental e residencial inegável — e podemos fazer muito mais se estivermos verdadeiramente empenhados em transformar a nossa Região”, terminou.