As receitas da Altice Portugal subiram 0,7% no ano passado, face a igual período de 2023, para 2.775 milhões de euros, e o investimento global somou 422 milhões de euros, anunciou hoje a dona da Meo.

"As receitas apresentaram um crescimento de 0,7% em 2024 face a igual período do ano anterior, apesar da redução nas receitas da Altice Labs, provenientes essencialmente das vendas de equipamentos e 'hardware'", adianta o grupo liderado por Ana Figueiredo, em comunicado.

"Excluindo a 'performance' [desempenho] da Altice Labs, as receitas mantiveram a rota de crescimento, tendo aumentado 5,4% face a igual período do ano anterior, revelando a solidez da 'performance' dos serviços 'core' [atividades fundamentais] de telecomunicações, a diversificação de portefólio, em especial no negócio de energia, bem como a qualidade e excelência dos serviços prestados", acrescenta a Altice Portugal.

Embora as receitas tenham crescido, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) registou "uma redução de 1,2% em 2024 face ao ano anterior, penalizado essencialmente pela performance da Altice Labs".

O EBITDA fixou-se em 994 milhões de euros. Excluindo o desempenho da Altice Labs, "o EBITDA registou um acréscimo de 3,3%".

O investimento foi de 422 milhões de euros, uma redução de 13,5% face aos 488 milhões de euros de 2023.

Esta redução, de acordo com a empresa, prende-se com o facto da Altice Portugal já ter antecipado outros investimentos em anos anteriores e de ter uma grande cobertura em fibra ótica, mantendo-se "um forte" investimento na modernização da rede móvel, nomeadamente no 5G, que conta com uma cobertura de 95,8%.

Numa análise apenas ao quarto trimestre, as receitas fixaram-se em 726 milhões de euros, mais 3,1% face a igual período de 2023, "beneficiando dos aumentos de 7,7% no segmento Consumo e de 7,9% no segmento de Serviços Empresariais (excluindo a Altice Labs)".

A base total de RGU [unidades geradoras de receitas], de serviços fixos e móveis, ascendeu no último trimestre de 2024 "a 14 milhões assim como no total de clientes únicos do segmento Consumo que totaliza 1,7 milhões", refletindo "a resiliência operacional, o foco nas novas oportunidades decorrentes dos avanços tecnológicos e da transformação digital e na permanente satisfação dos clientes", segundo o grupo.

O total de serviços fixos subiu 1,4% em termos homólogos para 6,1 milhões e a base de clientes do serviço de televisão por subscrição e conectividade cresceu 2,3% e 2,8% respetivamente, fixando-se ambos em 1,9 milhões, no quarto trimestre de 2024.

Já a base de clientes móveis pós-pago atingiu 5,3 milhões e, "impulsionada pela convergência, cresceu 0,9% (+50 mil Clientes) no último trimestre de 2024 face aos três meses anteriores.

O EBITDA atingiu 231 milhões de euros no quarto trimestre de 2024, menos 5,4% face a igual período do ano anterior, adiantam.

"Se excluirmos o desempenho da Altice Labs, o EBITDA reduziu 0,4% face a igual período do ano anterior, em resultado do impacto favorável nas receitas, decorrente da dinâmica operacional de expansão da base de clientes e RGU, do crescimento do respetivo ARPU [receita média por cliente] e da diversificação de portefólio, em novos negócios não telco", explica a dona da Meo.

No quarto trimestre, o investimento foi de 129 milhões de euros, menos 12% homólogos (147 milhões no 4.º trimestre de 2023).

"A Altice Portugal tem 6,5 milhões de casas com fibra ótica, uma cobertura populacional de rede 5G de 95,8% e de 99,97% na rede 4G", adianta a empresa.

Desagregando, as receitas do segmento Consumo somaram 381 milhões de euros no quarto trimestre, uma subida de 7,7% e as de Serviço aumentaram 6,6%.

"Este desempenho foi assente na expansão da base de clientes únicos, que cresceu nos últimos 12 meses, e na valorização média de cada cliente, potenciado pela cobertura em Fibra, pela convergência e pela diversificação de portefólio, de que são exemplo os tarifários combinados: Telco + Energia", explica.

No último trimestre do ano, a Meo Energia foi o comercializador que "consistentemente, desde julho de 2024, tem vindo a realizar a maior captação de clientes em número absoluto, de acordo com a ERSE.

Os clientes únicos do segmento consumo subiram 0,4% no trimestre, "representando +6,1 mil adições líquidas, num total de 1,7 milhões de clientes".

As receitas do segmento de Serviços Empresariais subiram 7,9% no quarto trimestre para 344 milhões de euros, excluindo a Altice Labs. "Considerando a evolução já descrita da Altice Labs, a receita global de Serviços Empresariais decresceu 1,5%" homólogos.