
Cerca de 17% dos jovens dos 15 aos 34 anos (16,8%) abandonaram pelo menos um nível de escolaridade não concluído e metade destes abandonou um curso de ensino superior, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Estas conclusões são do módulo de 2024 do Inquérito ao Emprego, sobre "Jovens no mercado de trabalho", que se focou na identificação dos percursos educativos abandonados e nas razões para a sua não conclusão, assim como na relação entre as exigências do trabalho e a formação académica e as competências que os jovens detêm.
Desistências: principais motivos incluem questões financeiras e dificuldade do conteúdo
Segundo o documento, as principais razões que motivaram a desistência foram "questões financeiras ou de trabalho", 30,1%, e a perceção de que "o curso era demasiado difícil ou não correspondia às expectativas ou necessidades", 28,2%.
No subgrupo daqueles com ensino superior, 12,4% concluíram, pelo menos, uma qualificação com orientação vocacional ou profissionalizante ao nível do ensino secundário ou pós-secundário, tendo assim tido experiência profissional integrada no curriculum escolar, adianta o INE.
22,7% acreditam ter mais competências do que as necessárias para o seu trabalho
Na população dos 16 aos 34 anos empregada ou que, não sendo empregada, tem experiência profissional anterior, um em cada cinco (20,8%) considerou ter um nível de escolaridade superior às exigências do trabalho que desempenha (ou desempenhava) e uma proporção semelhante (22,7%) referiu ter mais competências do que as necessárias ao desempenho das suas funções.
Não obstante, no subgrupo dos que concluíram o ensino secundário ou um nível de escolaridade superior, 41,3% consideraram que a sua área de educação e formação corresponde total ou quase totalmente às exigências do seu trabalho.