Vladimir Putin admitiu, durante um telefonema com o homólogo turco, Tayip Erdogan, que está disposto a procurar uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, informou o gabinete de imprensa do Kremlin esta sexta-feira.

Citado pela agência estatal russa, TASS, Moscovo divulgou que, durante a conversa com o chefe de Estado turco, Putin “reafirmou o seu empenho em encontrar uma solução política e diplomática para o conflito".

O telefonema entre os líderes da Turquia e Rússia acontece cerca de um mês e meio depois da segunda ronda de negociações entre Moscovo e Kiev, em Istambul, capital turca.

Nesse encontro, os representantes das duas nações trocaram memorandos que continham as condições exigidas para a resolução do conflito bélico e concordaram trocar prisioneiros de guerra gravemente doentes e com menos de 25 anos.

Em Istambul, a Rússia garantiu que entregaria a Kiev os corpos de 6.000 soldados ucranianos que morreram em combate.

A agência TASS escreve que, na segunda-feira, o assessor de Putin, Vladimir Medinsky, confirmou que Moscovo cumpriu o que havia sido estabelecido ao transferir mais de 6.000 corpos de soldados ucranianos para o país vizinho.

Putin preocupado com tensão na Síria

Durante a conversa telefónica encetada esta sexta-feira, Putin expressou também a sua "profunda preocupação" com a violência na Síria, apelando igualmente a uma "rápida estabilização" da região.

"Expressando a sua profunda preocupação com a recente vaga de violência na Síria, os dois líderes sublinharam a importância da rápida estabilização da situação através do diálogo e do reforço da coesão nacional", afirmou o Kremlin no comunicado emitido.