
O Paris Saint-Germain procura ficar na história da Liga dos Campeões de 2024/25 como 'caçador' de ingleses, e reforçou esta terça-feira essa pretensão ao vencer o Arsenal, em Londres, por 1-0, na primeira mão das meias-finais.
Se confirmar o sentido da eliminatória, na próxima semana, junta o Arsenal na 'lista vítimas' em que já estão o recém-consagrado campeão inglês, Liverpool, e o Aston Villa.
O tetracampeão francês, sem rival no 'hexágono', está cada vez mais perto de conseguir a grande conquista que ainda lhe falta no palmarés, no momento mais forte dos últimos 14 anos, desde que foi comprado pelo fundo de investimento Qatar Sports Investments.
João Neves, esta terça-feira com uma exibição sublime, Vitinha, impecável nos passes, Nuno Mendes e Gonçalo Ramos - este no último quarto de hora - foram os portugueses em jogo pelos parisienses, que, mesmo sem dominar totalmente a partida, merecem o resultado conseguido, perante um adversário especialmente forte e que vinha de 'tombar' o campeão em título, o Real Madrid.
Final de Lisboa ainda na memória
O jogo começou com o Paris Saint-Germain, que em 2019/20 perdeu a final em Lisboa frente ao Bayern Munique, em plano bem superior, o que ficou logo refletido no marcador no quarto minuto, com um golo de Ousmane Dembelé.
O internacional gaulês combinou com o georgiano Kvaratskhelia, que lhe devolveu um passe de 'morte' para uma remate cruzado, certeiro, que deixava o estádio Emirates em choque.
Na primeira metade da primeira parte, 'só dava' Paris Saint-Germain, que chegava a impressionantes 75% de posse de bola.
Depois, o Arsenal foi sacudindo a pressão, começou a delinear boas combinações ofensivas e esteve muito perto de igualar, aos 38 minutos, mas João Neves foi soberbo a intercetar uma bola que parecia ir com muito perigo para Mikel Merino. Ainda se pediu penálti, mas o corte do médio luso foi mesmo limpo.
Aos 45 minutos, foi o 'gigante' Donnarumma, guardião das redes do campeão francês, a brilhar, desviando com a mão esquerda um remate de Lewis-Skelly.
Londrinos acordaram no segundo tempo
Na segunda parte, confirmou-se que agora era a hora de o Arsenal ganhar terreno e fazer recuar o adversário para próximo da sua área.
O primeiro momento forte dos 'gunners' após o reatamento aconteceu aos 47 minutos, com um golo que viria a ser anulado, por fora de jogo muito 'curto'.
Declan Rice, um dos melhores executantes de bolas paradas, cobrou o livre na esquerda, a linha ofensiva do Arsenal recuou, para fugir ao fora de jogo, e o espanhol Mikel Merino cabeceou para o fundo das redes. Por muito pouco estava em situação irregular, viu-se depois.
Magnífico no esquema defensivo do PSG, João Neves via cartão amarelo e era obrigado a conter-se.
O belga Trossard (56 minutos) também esteve muito perto do golo, numa fase da partida em que as estatísticas globais estavam alteradas e já havia mais remates centrados para os 'gunners'. O PSG, aliás, não rematava à baliza desde o minuto 31, com Doué.
O PSG parecia então consciente que ganhar em Londres já era francamente bom e apostava em trocar bem a bola, tentando manter o Arsenal longe da sua baliza.
Ainda assim, não enjeitou as ocasiões que foi criando para chegar ao 2-0, a mais flagrante das quais foi um potente remate à trave de Gonçalo Ramos, aos 85 minutos, após rápida desmarcação.
Um minuto antes, Gonçalo Ramos tinha construído jogada de excelência a que só faltou a boa conclusão de Barcola.
Mais forte no início da partida e também no quarto de hora final, o PSG fica bem encaminhado para a sua segunda final da 'Champions'.
Confronto de históricos na quarta-feira
O segundo embate das meias-finais vai opor Barcelona e Inter Milão, com o primeiro jogo para o terreno dos catalães, na quarta-feira.
Com LUSA