
O grupo parlamentar do Partido Socialista da Madeira reuniu, esta manhã, com a Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), no âmbito da preparação das correcções do Orçamento Regional de 2024, numa ocasião se partilharam preocupações comuns sobre o subsídio de insularidade para privados e apoios a empresas na Madeira.
Em declarações aos jornalistas, o deputado socialista Gonçalo Velho destacou a convergência de preocupações entre o PS-Madeira e a ACIF, nomeadamente em matéria de contenção orçamental e apoio às empresas da Região.
“O nosso objectivo é que este orçamento possa dar resposta a todas as empresas e trabalhadores que vivem na Madeira”, afirmou Gonçalo Velho, sublinhando que o actual contexto de menor disponibilidade orçamental da Região foi uma das principais preocupações manifestadas pela ACIF durante o encontro.
Um dos temas centrais da reunião foi o subsídio de insularidade. O parlamentar socialista anunciou que o PS-Madeira está a ultimar uma proposta para que o subsídio de insularidade destinado ao sector privado seja financiado directamente pelo Orçamento Regional e implementado por iniciativa do Governo Regional.
É uma medida que o PS não acompanha da forma como tem sido trabalhada na Concertação Social. A nossa proposta é clara: que o subsídio seja assumido regionalmente". Gonçalo Velho
Gonçalo Velho assegurou que os socialistas estão a trabalhar nesse sentido e que a proposta será apresentada “oportunamente”.
Outro tema abordado foi o impacto da instabilidade geopolítica internacional, nomeadamente as políticas comerciais dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump, que têm afetado negativamente as empresas madeirenses. O deputado sublinhou a necessidade de medidas regionais que complementem os efeitos dessa conjuntura.
"Não vamos abandonar as empresas madeirenses”, garantiu o parlamentar, acrescentando que o PS continuará a pressionar por um reforço dos apoios, incluindo ao nível dos fundos europeus, onde têm sido evidenciadas dificuldades.
Para o PS-Madeira, a reunião com a ACIF confirmou a existência de “pontos comuns importantes” e reforçou a importância de uma abordagem concertada na elaboração de um orçamento regional que responda às necessidades concretas do tecido empresarial da Região Autónoma.