
"Não aceitaremos retrocessos em matéria de proteção laboral, não aceitaremos retrocessos em sede de apoios sociais, porque isso é património do país, não é património deste Governo, e o PS cá estará nesta Assembleia da República para o defender", afirmou o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro.
Numa intervenção no debate do programa do Governo, na Assembleia da República, o deputado acusou o Governo de preferir "submeter-se à pressão de uma direita radical e liberal para retroceder nesses direitos" e garantiu que "isso o PS não vai aceitar".
Ainda assim, Tiago Barbosa Ribeiro manifestou a disponibilidade do PS para debates sobre "os desafios da transição digital, sobre a valorização do trabalho digno, sobre novas áreas da legislação do trabalho", salientando que os socialistas foram "liderantes na governação em várias destas áreas".
"Num quadro em que não existe maioria absoluta, num quadro em que a responsabilidade política exige que não se confunda a governação com imposição, nem abertura ao diálogo com cedência à demagogia, o PS cá estará para oferecer estabilidade, para oferecer confiança, para oferecer um rumo a partir da oposição", afirmou.
Na sua intervenção, o deputado do PS acusou também o Governo de ter apresentado, no seu programa de atuação, medidas que não constavam no programa eleitoral.
"Especificamente no domínio do trabalho, dos rendimentos e da legislação laboral, o programa de Governo avança com medidas e com propostas que não constavam do programa eleitoral da AD e não foram discutidas nem foram sufragadas em campanha eleitoral", acrescentou, considerando que "foram escondidas do país porque o Governo e o primeiro-ministro sabem que elas não contam com o apoio do país".
Também numa intervenção, centrada na política externa, o deputado da IL Rodrigo Saraiva anunciou que o partido vai "apresentar nos próximos dias vários projetos de resolução para promover melhores relações com Taiwan, nomeadamente a abertura de representação diplomática e económica" naquele território.
Rodrigo Saraiva defendeu que este "é um mercado que cumpre todos os critérios que estão presentes no programa de Governo" e questionou se a proposta terá o apoio dos partidos que sustentam o executivo ou se "vai Portugal continuar submisso à China".
FM // JPS
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