
Os aviários industriais da Região registaram, no 1.º semestre de 2025, a produção de ovos a rondar as "17,6 milhões de unidades, aumentando 8,7% em termos homólogos", mas "no mesmo período, o abate de frango decresceu 7,7% face aos primeiros seis meses do ano anterior, totalizando 1 667,3 toneladas", informa hoje a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM).
Contudo, "reduzindo o âmbito da análise ao 2.º trimestre de 2025 (Abril a Junho), verificaram-se subidas homólogas na produção de ovos e no abate de frango de 13,1% e 0,8%, respetivamente".
"Por sua vez, segundo dados fornecidos pelo Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira (CARAM), entre Janeiro e Junho de 2025, o gado abatido rondou as 368,6 toneladas, traduzindo uma variação homóloga de +1,9, para a qual contribuiu a evolução verificada no 2.º trimestre de 2025 (+4,5%)", salienta a DREM.
Só que enquanto os bovinos abatidos aumentaram 2,6% em termos homólogos e 4,4% no 2.º trimestre face ao mesmo trimestre do ano passado, para 362,9 toneladas, a já pequena produção de suíno, por comparação com a bovina, caiu para 2,1 toneladas nestes seis meses, sendo de -53,3% face a igual período de 2024 e de -39% no 2.º trimestre em relação a igual trimestre do ano anterior.
"No domínio da pesca, a informação recolhida junto da Direção Regional de Pescas, para o 1.º semestre de 2025, mostra que este período se caracterizou por um aumento homólogo nas quantidades capturadas de pescado (+8,3%), cifrando-se o total em cerca de 2 217,1 toneladas. A mesma tendência foi observada no valor de primeira venda apurado (+0,7% face ao 1.º semestre de 2024), com o total semestral a situar-se nos 10,5 milhões de euros. No 2.º trimestre de 2024, a evolução homóloga na quantidade foi de +35,8% e no valor de +26,9%", realça.

Contudo, por espécie, face aos primeiros seis meses de 2024, se "a quantidade capturada de atum e similares aumentou 86,7% e o valor de primeira venda 44,7%", já "a captura de peixe-espada preto diminuiu em quantidade (-11,1%) e em valor de primeira venda (-11,9%), porém, apesar da quebra, esta continuou a ser a espécie mais abundante no 1.º semestre de 2025, representando 54,9% do total, seguida do atum e similares com 42,3%", frisa a DREM.
Curiosamente, "o preço médio de pescado apurado na primeira venda para o período em referência (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) foi de 4,80€ (5,17€ no mesmo período de 2024), com o preço médio para o atum e similares a atingir os 4,20€ (5,43€ no período homólogo) e para o peixe-espada preto os 5,02€ (5,05€ nos primeiros seis meses do ano precedente)". Ou seja, sobretudo no segundo caso, a escassez não é razão para aumento de preços.
Por fim, nota para os dados da piscicultura, com as empresas dedicadas a esta actividade na Região a registarem, no 1.º semestre de 2025, a produção de "686,3 toneladas de dourada, -0,7% que no período homólogo. Por sua vez, as vendas somaram 4,4 milhões de euros, crescendo 1,0% em relação ao mesmo semestre de 2024", apontando que "por mercados, observa-se que 85,8% do valor de vendas diz respeito ao mercado nacional (Continente e Açores) e apenas 14,0% ao mercado regional. No 2.º trimestre de 2025, a variação na quantidade produzida e no valor das vendas foi de +34,9% e +42,7%, respetivamente", destaca a DREM, em conclusão.