
O homem detido no sábado por suspeita de estar envolvido na operação 'Nexus' vai aguardar julgamento em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica e proibido de contactar com arguidos e testemunhas, foi hoje revelado.
A operação 'Nexus' envolve crimes de corrupção passiva, participação económica em negócio, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documento e abuso de poder e, até à data, a Polícia Judiciária deteve sete suspeitos, o último no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, no sábado, no momento em que chegava a Portugal.
Sujeito a primeiro interrogatório judicial, entendeu o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto estar o suspeito "fortemente indiciado" por corrupção passiva, participação económica em negócio e abuso de poder.
Em comunicado assinado pela Juíza Presidente do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, é indicado ter o TIC entendido verificar-se "o perigo de perturbação de inquérito ou da instrução do processo, nomeadamente, perigo para a aquisição, conservação ou veracidade da prova e perigo da continuação da atividade criminosa e da perturbação grave da ordem e tranquilidade pública".
Assim, prossegue a nota de imprensa, o arguido hoje ouvido irá aguardar julgamento em prisão domiciliária, com vigilância eletrónica, estando, também, proibido de contactar, por qualquer meio, com os demais arguidos e testemunhas já inquiridas e com qualquer interveniente nos procedimentos em causa.
Na terça-feira, já tinham sido detidas seis pessoas, no âmbito desta operação, por suspeita de corrupção e fraude na aquisição de sistemas informáticos por universidades e escolas públicas, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Dois dos seis suspeitos ficaram em prisão preventiva, enquanto outros três arguidos ficaram suspensos do exercício de funções e proibidos de contactar entre si e um outro ficou em liberdade após pagar uma caução, revelou à Lusa fonte judicial.