
O preço médio das casas à venda em Portugal é agora de 414 mil euros, um aumento de 18% em apenas um ano. Já as rendas custam, em média, 1.300 euros, mais 4% do que no ano passado. São dados do barómetro mensal sobre a evolução dos preços do portal imobiliário Imovirtual.
O barómetro analisa os dados deste mês de maio de 2025, comparando, por exemplo, com os dados de maio de 2024. As regiões de Lisboa, Faro e Ilhas são aquelas em que os preços de venda mais subiram. Quanto ao preço para arrendar, estará a estabilizar – mas é ainda bastante elevado, sobretudo em zonas como Faro e a Madeira.
No que toca à compra de casa: a tendência de subida dos preços mantém-se. As casas postas à venda no portal passaram de uma média de preços de 349.900 euros, em maio do ano passado, para uma média de 414.000 euros, este ano.
Comprar casa? 650 mil em Lisboa, 535 mil em Faro
Lisboa é a zona do país com as casas à venda mais caras. Custam, em média, 650.000 euros – uma subida de 33% em relação ao ano passado.
No Norte, destaca-se o Porto, com uma média de preços de 395.000 mil euros (mais 14% do que em 2024). A seguir vêm os distritos de Braga e Aveiro, que atingem os 340.000 euros. Mas também em Viana do Castelo os preços estão a aumentar, atingido agora, em média, os 287.000 euros.
No Centro, Leiria é o distrito mais caro, com preços médios de 299.000 euros (um aumento anual de 13%), seguido por Coimbra, onde as casas atingem agora, em média, os 250 mil euros (mais 26% do que no último ano). Os preços sobrem igualmente em Santarém, onde uma casa custa agora 237.000 euros, em média.
No Sul, os preços não param de subir. No distrito de Faro, uma casa tem agora o preço médio de 535.000 euros (mais 22% do que no mesmo mês em 2024). Em Setúbal, atinge os 440.000 euros (também um aumento de 22%). Embora com preços mais baixos, também no Alentejo o valor médio das casas tem vindo a subir: é agora de 259.000 euros em Évora (mais 23%) e 183.000 em Beja (mais 26%).
Nas Ilhas, a Madeira volta a ter os segundos preços de habitação mais altos de todo o país, só atrás de Lisboa. Uma casa custa, em média, 590.000 euros (mais 24% do que em maio do ano passado). Já nos Açores, em São Miguel, o valor é de 385.000 euros (um aumento de 38% em termos anuais).
Arrendar custa quase tanto na Madeira como na capital
Já nos arrendamentos, Lisboa tem também o valor de rendas mais alto de todo o país: os inquilinos têm de pagar, em média, 1.670 euros.
No Norte, há uma grande disparidade de preços entre distritos. É no Porto que se pagam as rendas mais caras (1200 euros). Mas foi na Guarda (onde a média é agora 560 euros) e em Vila Real (com uma média de 600 euros) que os preços mais aumentaram em relação ao último ano, 47% e 50% respetivamente.
Na zona Centro, as rendas mais altas são em Leiria (813 euros) e Santarém (800 euros), mas também em Coimbra os preços estão a subir – mais 6% do que no ano passado -, atingindo os 795 euros
No Sul, Faro lidera os preços das rendas (1300 euros, em média), um aumento de 37% em relação ao último. Segue-se Setúbal, com rendas a rondar os 1250 euros. Também em Évora e Portalegre os preços continuam a subir, com as rendas a fixarem-se em 895 euros e 575 euros, respetivamente.
No arquipélago da Madeira, o cenário não é mais favorável para quem quer a arrendar. A seguir a Lisboa, a Ilha da Madeira tem mesmo o preço de arrendamento médio mais alto de todo o país: 1600 euros. Melhor cenário para quem procura casa nos Açores, uma vez que as rendas têm vindo a descer na Ilha de São Miguel (custam agora menos 6% do que há um ano). A média de renda está nos 800 euros.