"Quero que os naturais de Oecussi, aqueles que conhecem o serviço, passem a liderar a sua própria região a partir de outubro, durante seis meses. Quem não demonstrar capacidade será substituído", afirmou Xanana Gusmão.

O líder timorense falava aos jornalistas no final do encontro semanal com o Presidente José Ramos-Horta, que decorreu no Palácio da Presidência, em Díli, com quem discutiu o assunto.

O primeiro-ministro disse que decidiu avançar com a decisão depois de visitas ao enclave, durante as quais a população reivindicou que os órgãos que lideram a região administrativa especial devem ser naturais de Oecussi.

"É por isso que, em outubro deste ano, darei total confiança aos filhos de Oecussi para liderarem a sua própria região", afirmou.

"Em outubro será implementada uma nova estrutura, que será liderada por naturais da região, tanto na administração, como no governo local, e estamos também a analisar um plano para desenvolver Oecussi como uma zona económica especial", acrescentou.

O primeiro-ministro disse ainda que o atual presidente da Autoridade da Região Administrativa Especial Oecussi-Ambeno, Rogério Lobato, cessa funções a 31 de setembro.

O Conselho de Ministros, realizado quarta-feira, aprovou uma resolução do Governo que proíbe todas as contratações de novos funcionários, técnicos e assessores, quer para os órgãos administrativos da Região Administrativa Especial de Oecussi-Ambeno, quer para a comissão executiva para a criação da Zona Económica Especial de Desenvolvimento em Oecussi-Ambeno, que viu a sua missão prolongada por mais quatro meses.

O Governo timorense nomeou em janeiro de 2024 Rogério Lobato como presidente da Autoridade da Região Administrativa Especial de Oecussi-Ambeno e o antigo ministro da Economia e Desenvolvimento João Gonçalves para a comissão executiva para estabelecer a Zona Económica Especial de Desenvolvimento naquele enclave.

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