
O piloto do helicóptero que caiu no rio Douro em agosto de 2024, vitimando cinco militares da GNR, foi constituído arguido e está indiciado por homicídio negligente e condução perigosa de meio de transporte, anunciou esta quinta-feira a Polícia Judiciária.
A PJ disse, em comunicado, que está a investigar a queda do helicóptero ao rio Douro, no dia 30 de agosto de 2024, que vitimou militares da GNR na zona de Cambres, concelho de Lamego, distrito de Vila Real.
Esta polícia acrescentou que no dia 27 de junho realizou uma operação, na localidade de Vila Real, para apurar "as concretas circunstâncias em que ocorreu a queda" da aeronave, num inquérito dirigido pelo Ministério Público - Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Coimbra.
No âmbito da investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias e "apreendido diverso material probatório".
A PJ disse que o piloto da aeronave, de 46 anos, foi constituído arguido e está indiciado pelos crimes de condução perigosa de meio de transporte por ar, água ou caminho-de-ferro e homicídio negligente.
Acrescentou ainda que o arguido foi sujeito a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de suspensão do exercício de funções e proibição de contactos com as testemunhas do inquérito.
A Judiciária adiantou que a investigação prossegue com a colaboração da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Força Aérea e a Autoridade Nacional de Aviação Civil.
O que aconteceu?
No final de agosto, um helicóptero que fazia parte do dispositivo de combate a incêndios caiu ao rio Douro, entre Lamego e o Peso da Régua, o que causou a morte de cinco militares da GNR que faziam parte da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro.
A aeronave regressava à base em Armamar, depois de ter sido acionada para um incêndio em Baião, quando caiu ao rio. Apenas sobreviveu o piloto.