A Procuradoria-Geral da República confirmou esta quarta-feira que foi aberto um inquérito a Matheus Reis, na sequência da pisadela que o jogador do Sporting deu na cabeça do avançado do Benfica Andrea Belotti, na final da Taça de Portugal.
Segundo a informação avançada pela Rádio Renascença e confirmada pela SIC, a PGR deu conta da abertura de um inquérito "que teve origem em denúncia", mas não esclareceu se a queixa em causa foi a feita por César Boaventura.
A polémica instalou-se no domingo passado, na final da Taça de Portugal, quando o jogador do Sporting atingiu a cabeça do atleta benfiquista com o pé e os árbitros não assinalaram falta.
A falta de ação dos árbitros que provocou duras críticas de Bruno Lage e Rui Costa.
Benfica ameaça não ceder o Estádio da Luz
O lance levou o Benfica a anunciar que vai “participar disciplinarmente da equipa de arbitragem e de VAR”, bem como “os jogadores Matheus Reis e Maxi Araújo pelas múltiplas agressões ao jogador Andrea Belotti”.
Na participação, segundo adianta a Lusa, o Benfica apontou um vídeo que surgiu nas redes sociais do Sporting durante os festejos, entretanto apagado, em que se via jogadores a segurar um cartaz de Matheus Reis e se ouvia a frase "aqui nós pisa na cabeça".
Além disto, o clube da Luz ameaçou também não ceder o Estádio da Luz para os jogos da Seleção Nacional “enquanto a verdade desportiva não prevalecer nas competições nacionais”.
O clube diz ainda que vai deixar a Liga Centralização, que tem como objetivo preparar todo o processo associado à centralização dos direitos audiovisuais das competições profissionais de Futebol.
Videoárbitro da final da Taça afastado pelo Conselho de Arbitragem
Na terça-feira, na sequência do polémico lance, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol decidiu afastar Tiago Martins, o videoárbitro da final da Taça de Portugal, dos jogos do play-off de subida à Primeira e Segunda Ligas, agendados para este domingo.
Segundo o jornal a Bola, Tiago Martins estava apontado para um dos dois encontros decisivos dos play-off, no qual poderia terminar a carreira como juiz principal, uma vez que atinge o limite de idade de 45 anos. Contudo, o CA decidiu afastá-lo por entender que o VAR da final da Taça “cometeu um erro grave ao não indicar a expulsão do jogador dos leões por agressão ao avançado das águias”.
"Foi um desequilíbrio de corpo"
Na reação à polémica, Matheus Reis recorreu na terça-feiraàs redes sociais para assegurar que "em momento algum houve a intenção de agressão ou de qualquer conduta desleal da minha parte".
"Entrei em campo com um único objetivo: jogar e vencer. A jogada em questão foi disputada com muito contato e rapidez, porém de forma legítima, sem qualquer intenção de agressão."
Na mesma publicação no Instagram, Matheus Reis referiu que a pisadela na cabeça do avançado italiano, aos 90+5 minutos, quando as águias venciam por 1-0, se deveu a "um desequilíbrio de corpo, facto inclusive confirmado pela continuidade do jogo e pela continuidade do adversário em campo".