
Continua o mistério em torno do furto do ouro das saloias, pertencente à paróquia da freguesia do Porto Moniz. Apesar dos rumores que dão como certo o reaparecimento das peças, a Polícia de Segurança Pública (PSP) garante que nada lhe foi comunicado e que não dispõe de qualquer dado novo sobre o paradeiro do ouro. Para a PSP, o ouro continua desaparecido e o caso em aberto.
O subintendente Fábio Castro, da PSP Madeira, foi claro nas declarações prestadas ao DIÁRIO. "Não temos conhecimento de nenhuma recuperação de ouro. Nenhuma. Nada foi comunicado à Polícia", afirmou, sublinhando que a investigação continua no mesmo ponto onde estava.
O responsável esclareceu ainda que, até ao momento, não foi reportado qualquer desenvolvimento novo relacionado com o caso. "Da parte da PSP, não há qualquer confirmação. Zero. Nada", frisou, acrescentando que nem mesmo o proprietário directo das peças, neste caso, a paróquia, foi informada de qualquer aparecimento das peças. "Confirmamos junto do responsável paroquial que seria, naturalmente, o mais interessado em que o ouro aparecesse, e também a ele nada foi reportado."
Assim, estas declarações contrastam com a informação obtida pelo DIÁRIO junto de fonte próxima do processo, segundo a qual afirmou que as peças, de grande valor simbólico e religioso, teriam sido encontradas na freguesia dos Canhas, no concelho da Ponta do Sol. Segundo essa versão, o ouro estaria depositado sobre um muro e já teria sido recolhido para devolução à paróquia de Santa, no Porto Moniz.
Contudo, agora sabe-se que a PSP não foi informada nem envolvida nessa eventual operação de recuperação.
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O furto, que terá ocorrido antes do dia 15 de Maio, gerou profunda consternação entre os fiéis da freguesia nortenha e na própria Diocese do Funchal. O Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, manifestou-se publicamente sobre o sucedido, sublinhando a gravidade do acto e defendendo que os responsáveis devem ser identificados e levados à justiça.
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