
Começando o seu discurso agradecendo que ao fim de 49 anos o PSD continue a governar a Madeira, objectivando por mais anos no "caminho do progresso", o presidente do PSD-Madeira agradeceu as duas vitórias obtidas nas duas últimas eleições deste ano, o líder regional social-democrata disse que é hora da Madeira soltar das amarras da Constituição que impedem esta terra de decidir o seu futuro.
Para Miguel Albuquerque, uma terra cosmopolita e com uma forte diáspora, com uma juventude pujante e com militantes social-democratas activos em todas as freguesias, o futuro só pode ser risonho. "A Madeira tem de ser tratada como portugueses de primeira", atirou, de rompante, garantindo que as promessas de Montenegro revelam que a República tem de assumir as suas responsabilidade, depois de anos a ser tratada pelos socialistas como portugueses de segunda.
Confiante que Luís Montenegro manterá o seu compromisso de passar das palavras aos actos, repondo a justiça aos madeirenses. Albuquerque lembra que Portugal pode contar com a Madeira, suportado neste momento por 49 meses de crescimento económico, independentemente da revisão da lei das finanças regionais, garantiu que pessoalmente irá liderar um grupo de trabalho para a revisão constitucional para acabar com as amarras que a actual Constituição da República impede de tomar decisões, nomeadamente em termos legislativos, para a Madeira poder decidir o melhor caminho para o seu futuro.
A terminar, garantindo que o PSD-Madeira irá lutar para conquistar as 11 autarquias da Região, apresentou os 11 candidatos a presidente de Câmara nas eleições de 12 de Outubro, a começar em Jorge Carvalho (Funchal), Celso Bettencourt (Câmara de Lobos), Saturnino Sousa (Santa Cruz), Luís Ferreira (Machico), Nuno Batista (Porto Santo), Doroteia Leça (Calheta), Jorge Santos (Ribeira Brava), Rui Marques (Ponta do Sol), Cláudia Perestrelo (Santana), Fernando Góis (São Vicente) e Dinarte Nunes (Porto Moniz).
"O PSD nunca pára e lideramos a Madeira há 49 anos, não porque soubemos governar, mas porque soubemos sempre nos adaptar aos tempos e aos anseios do nosso povo", estabelecendo três prioridades, vencer as eleições autárquicas, fechar os dossiers com a República, ciente que a burocracia e a tecnocracia não podem ser barreiras ao desenvolvimento, e por fim não passar cheques em branco a ninguém, pois independentemente do que pensem os candidatos à Presidência da República, é preciso que se saiba o que pensam da Autonomia Regional e quer, ainda, garantir o sentido de voto favorável do PSD nacional ao projecto de revisão constitucional que irá apresentar pessoalmente "em nome de todos os madeirenses", para acabar com os "resquícios do colonialismo".
E concluiu, olhando para a bandeira azul e amarela com a cruz de cristo vermelha, garantindo que "no dia em que não houver pessoas a defender a Autonomia, ela vai acabar".