Notre-Dame de Paris celebra hoje a primeira missa de Natal, que deve atrair milhares de fiéis, após mais de cinco anos de ausência, devido ao incêndio que devastou a catedral em abril de 2019.
"Estamos de volta a Notre-Dame, que acaba de ser devolvida ao culto e aos visitantes. O nosso coração está em festa!", afirmou o Arcebispo de Paris, numa mensagem de Natal transmitida hoje.
Laurent Ulrich prestou homenagem aos "talentos mobilizados no local do restauro" que permitiram "apagar a dor do incêndio e os cinco anos de separação para deixar apenas a alegria do reencontro, a alegria de voltar a viver juntos esta casa comum, a casa de Deus".
Na catedral, uma obra-prima da arte gótica, com mais de 860 anos, terão lugar várias missas hoje, a partir das 15:00 (14:00 em Lisboa).
Depois de uma vigília musical a partir das 22:00 (23:00 em Lisboa), terá início a tradicional Missa da Meia-Noite, presidida por Laurent Ulrich.
Na quarta-feira, dia de Natal, o Arcebispo de Paris presidirá à missa às 10:00 (09:00 em Lisboa), sendo que estão previstos outros dois serviços, de manhã e à noite.
"Não são possíveis reservas para missas de Natal" e o acesso à catedral estará "sujeito aos lugares disponíveis", sublinhou a diocese de Paris.
O portal da Notre-Dame aconselhou, por isso, a chegar 30 minutos antes da hora das celebrações, "tendo em conta que as filas podem ser longas, correndo o risco de não conseguir aceder à catedral".
O acesso à catedral continua sujeito a um limite rigoroso de 2.700 pessoas, enquanto o entusiasmo continua forte pelo acesso a este edifício, tornado famoso pelo escritor francês Victor Hugo e celebrado em vários filmes, novelas e musicais.
"Este momento de Natal é um momento para expressar caridade e generosidade", mas também "a esperança de que Deus não nos abandone", sublinhou Laurent Ulrich, no domingo.
Isto depois de um ano de 2024 cheio de situações "que dizem respeito por todos nós, que escurecem o horizonte, que para muitos não nos permitem viver em paz", acrescentou o Arcebispo, numa entrevista à rádio.
Depois de cinco anos, numa obra que custou quase 700 milhões de euros, a Notre-Dame reabriu a 07 de dezembro, com uma cerimónia em que estiveram presentes cerca de 40 chefes de Estado e de Governo, membros da realeza europeia e figuras políticas proeminentes.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o príncipe William do Reino Unido, mas também o empresário norte-americano Elon Musk ou a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, foram alguns dos muitos convidados.
No dia seguinte, 8 de dezembro, a missa voltou a ouvir-se na catedral Notre-Dame de Paris.
A celebração católica contou com a presença do Presidente francês, Emmanuel Macron, e reuniu 150 bispos e sacerdotes das 106 paróquias parisienses.
Com Lusa