![Nuno Pardal Ribeiro demite-se de vice-presidente da distrital de Lisboa do Chega](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O dirigente do Chega Nuno Pardal Ribeiro, que foi acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores agravados, demitiu-te da vice-presidência da distrital de Lisboa do partido, depois de renunciar ao mandato de deputado municipal.
A informação foi transmitida pela Comissão Política Distrital de Lisboa, em comunicado assinado em conjunto com o Conselho de Jurisdição Distrital de Lisboa.
"Nuno Pardal Ribeiro renunciou, já, ao seu mandato como vice-presidente desta Comissão Política Distrital, por entender não reunir condições para o efeito, pedido este que foi aceite com efeitos imediatos", lê-se na nota.
A distrital de Lisboa do Chega, presidida pelo deputado Pedro Pessanha, disse ter recebido "com profunda consternação" as "acusações de extrema gravidade" contra Nuno Pardal Ribeiro e repudiou "quaisquer atos que atentem contra os valores" defendidos pelo partido.
A Direção Nacional do Chega e o líder do partido, André Ventura, mantêm-se em silêncio sobre este caso.
Dirigente do Chega acusado de pagar a jovem de 15 anos para terem relações sexuais
Nuno Pardal Ribeiro está a ser acusado pelo Ministério Público de prostituição de menores, por suspeitas de pagar a um jovem de 15 anos para terem relações sexuais, segundo avança esta quinta-feira o jornal Expresso.
Nuno Pardal Ribeiro , de 51 anos, terá conhecido o jovem, de 15, numa aplicação de encontros, em 2023, e combinaram encontrar-se.
De acordo com o processo, a que o jornal teve acesso, o dirigente do Chega teve relações sexuais com o jovem sabendo que este era menor de idade, e pagou-lhe 20 euros após o ato.
Contactado pelo Expresso, Nuno Pardal Ribeiro não negou o encontro, mas garantiu que pensava que o jovem tinha 18 anos.
O vice-presidente da Distrital de Lisboa e conselheiro nacional do Chega está acusado de dois crimes de prostituição de menores agravados, um consumado e outro na forma tentada.
Segundo a lei, pode ser condenado a uma pena de prisão até três anos por “praticar ato sexual de relevo com menor entre 14 e 18 anos, mediante pagamento ou outra contrapartida". Como o crime é agravado, a pena pode chegar aos cinco anos de prisão.
Outros casos polémicos com deputados do Chega
A notícia surge após dois outros casos polémicos com deputados do Chega.
O deputado do Chega/Açores José Paulo Sousa foi apanhado, no passado domingo, numa operação STOP com 2,25 g/l de álcool no sangue.
Já o deputado do Chega eleito pelo círculo dos Açores, Miguel Arruda, foi constituído arguido por suspeita de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.