Uma das principais bandeiras do Chega é o combate ao crime. O partido usou até o slogan "Limpar Portugal" para as eleições de março de 2024, mas a verdade é que várias figuras do partido têm problemas na Justiça - o que até já obrigou André Ventura a dizer que não quer “bandidos” nos quadros do partido.
Entre os casos mais recentes está o de Nuno Pardal Ribeiro, acusado esta quinta-feira de prostituição de menores agravada. Deputado na Assembleia Municipal de Lisboa eleito pelo Chega, já anunciou que vai renunciar ao mandato.
Outro caso conhecido também esta quinta-feira é o de José Paulo Sousa, deputado na Assembleia Regional dos Açores. Foi apanhado numa operação Stop com uma taxa de álcool no sangue de 2,25 gramas/litro, que é crime.
Um dos casos mais mediáticos nas últimas semanas é o de Miguel Arruda, suspeito de furtar malas dos tapetes dos aeroportos de Lisboa e Açores. Era deputado do Chega, mas depois da polémica decidiu passar a deputado não-inscrito e meteu baixa médica.
O próprio presidente do Chega foi condenado em maio de 2021 por ofensa à honra e imagem por causa de comentários que fez sobre uma família do Bairro da Jamaica, no Seixal. Atualmente, está a ser investigado pelo crime de incitamento ao ódio, na sequência de declarações sobre o caso da morte de Odair Moniz.
Cristina Rodrigues, que se tornou deputada do Chega nas últimas eleições, mas que antes pertencia ao PAN, é arguida por suspeitas de ter eliminado milhares de e-mails do anterior partido. Um processo que ainda não foi concluído.
O deputado brasileiro Marcus dos Santos, eleito pelo Porto, foi detido em 2004 e 2005 por violar as regras de imigração norte-americanas.
Outro dos nomes é Eduardo Teixeira, que está a ser investigado pelo Ministério Público em dois processos sobre alegadas falsas presenças.
Filipe Melo chegou a ter o salário penhorado por causa de uma dívida a uma instituição que o filho frequentou. Contraiu uma dívida de 15 mil euros.
Depois, o vice-presidente do partido, Pedro Frazão, acusou Francisco Louçã de ter recebido uma avença do BES. E acabou por ter de se retratar.
Ricardo Dias Pinto chegou a ter uma dívida de 15 mil euros, mas acabou extinta por não ter bens para penhorar.
E por fim, um caso em que André Ventura também está envolvido. Em janeiro de 2021 houve um jantar comício com 170 pessoas, só que na altura eram proibidos ajuntamentos por causa da pandemia.