
Na sessão de abertura do VIII Encontro Nacional de Internos de Estomatologia, que decorre no Museu da Electricidade – Casa da Luz, no Funchal, o jovem médico madeirense Francisco Gouveia, presidente da Comissão Nacional de Internos de Estomatologia, destacou a importância da especialidade e lamentou a sua ausência na Região.
À margem da cerimónia, Francisco Gouveia afirmou que “a Estomatologia faz muita falta cá na Madeira. Aliás, é o único sítio (Região) em Portugal onde não existe Estomatologia”, apontou. Acrescentou que, além dos Açores, a especialidade está presente em 27 das 29 Unidades Locais de Saúde (ULS) no continente.
Na sua intervenção, Francisco Gouveia expressou orgulho por realizar pela primeira vez o encontro “na deslumbrante Ilha da Madeira. É com enorme entusiasmo que a Comissão Nacional de Internos de Estomatologia traz este encontro até esta terra que tanto nos impacta”, referiu.
Recordou a história da especialidade, “a mais antiga especialidade médica ou cirúrgica portuguesa, nascida em 1911”, e destacou que está a “viver um novo folego, a florescer com nova energia, ambição e jovens dedicados e brilhantes”. “Ver-vos aqui hoje é a maior prova que o futuro da nossa especialidade está em boas mãos”, afirmou.
Mas não deixou de lamentar a falta da especialidade na Madeira. “Partimos daqui em 2021, mas nunca desistimos de regressar, porque acreditamos que esta metodologia tem um papel vital na saúde dos madeirenses e portugueses”, afirmou, na presença do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e da secretária com a tutela da Saúde, Micaela Freitas.
O jovem médico destacou o impacto que a Estomatologia pode ter na saúde oral, nos cuidados oncológicos de cabeça e pescoço e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. “É precisamente esse o nosso compromisso: voltar à Madeira com conhecimento, inovação e formação”, declarou.
Referiu ainda que a construção do novo Hospital Central e Universitário da Madeira abre uma nova oportunidade para formar, cuidar e fazer a diferença na Região.
Por fim, destacou o encontro como uma celebração da missão da especialidade, uma oportunidade para partilhar saberes e encantar-se com a Madeira. “A ciência vive melhor quando partilhada com o calor humano”, concluiu, e fazendo votos que este seja um encontro memorável na “pérola do Atlântico”.