
As manifestações contra a política anti-imigração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão a alastrar a várias cidades e já há convocatórias do movimento "No Kings", de contestação à administração Trump, para protestos em diferentes pontos do país no próximo sábado, dia em que será realizado um desfile militar em Washington, para celebrar o 250º aniversário do exército.
Esta quarta-feira continuam os protestos no centro e perto de edifícios federais em Los Angeles, onde a contestação começou na passada sexta-feira e já foi decretado recolher obrigatório à noite. De acordo com uma "lista parcial" do jornal “New York Times”, há outras ações de luta, convocadas por diferentes movimentos em vários Estados, que “vão provavelmente continuar a alastrar”.
Em Eugene, no Oregon, vários grupos, incluindo o Partido para o Socialismo e Libertação, que defende o fim do capitalismo, anunciara um protesto de solidariedade, enquanto em Mission Viejo, em Orange County, na Califórnia, a filial local do movimento 50501 fala numa “resposta descentralizada às ações antidemocráticas da administração Trump”.
Na Carolina do Norte, em Raleigh, centenas de pessoas já anunciaram que vão participar numa manifestação no centro da cidade esta noite, motivadas “pela revolta” contra o projeto de lei estadual sobre imigração.
ICE como alvo
No Texas, o governador Greg Abbot enviou forças da Guarda Nacional para San António, devido ao “grande protesto” anunciado para esta quarta-feira.
Em Seattle, o Partido para o Socialismo e Libertação e outros grupos convocaram um protesto sob o lema “ICE Out”, contra a Immigration and Customs Enforcement, a agência de imigração que realizou ações contra os imigrantes. E, em St Louis, o grupo 50501 convocou um protesto com o mesmo alvo: “No ICE”.
Estes protestos "estão a multiplicar-se" pelos EUA, em cidades como Nova Iorque, Austin, Atlanta ou Boston, refere também o jornal “El Pais”.