Pelo menos 61 jornalistas foram mortos no cumprimento do dever até agora neste ano de 2024, um número que quase iguala os 71 mortos em 2023, disse esta sexta-feira o Alto-Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Volker Türk.
"Os jornalistas estão a ser mortos, ameaçados, intimidados, presos ou silenciados em Gaza, na Ucrânia, no Sudão, na Birmânia e noutros locais e estes ataques estão a aumentar", alertou Volker Türk, numa mensagem partilhada no Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
O alto-comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) relembrou que o jornalismo é uma profissão que é "a voz das vítimas dum mundo em crise" e sublinhou que os crescentes ataques contra jornalistas "também atacam a liberdade de expressão de todos", porque deixa a todos "um pouco menos bem informados".
Volker Türk lembrou que mais de 300 jornalistas foram presos até agora em 2024 e destacou a impunidade de vários crimes cometidos contra jornalistas, referindo que quatro crimes em cada cinco ficam impunes.
"Os governos devem fazer mais para prevenir esses ataques, proteger os jornalistas e processar os responsáveis por esses crimes. Precisam também de leis que protejam a liberdade de expressão e de informação", concluiu o alto-comissário.