
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) teve lucros de 393 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, pouco abaixo (-0,5%) dos 394,5 milhões de euros dos primeiros três meses de 2024, divulgou esta quinta-feira o banco público.
A margem financeira (a diferença entre os juros cobrados no crédito e juros pagos nos depósitos) desceu 11% para 636,2 milhões de euros, devido sobretudo à diminuição das taxas de juro.
Na apresentação dos resultados aos jornalistas, em Lisboa, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse que, apesar do contexto de incerteza (desde logo internacional), o banco mantém uma perspetiva "positiva de ter um resultado expressivo em 2025".
Emprestou 530 milhões em crédito à habitação com garantia pública
Segundo a informação aos jornalistas, a CGD recebeu 6.800 pedidos para empréstimo para compra de casa com garantia estatal no valor total de 1.300 milhões de euros.
Destes, foram contratados ou estão em fase final de contratação 2.800 créditos que totalizam 530 milhões de euros.
Na garantia pública, cada banco tem uma quota que pode utilizar para atribuir empréstimos parcialmente garantidos pelo Estado. Dos 1.200 milhões de euros de montante máximo da garantia, a quota atribuída à CGD é 257 milhões de euros.
A garantia pública para o crédito à habitação a jovens até 35 anos (inclusive) aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação.
Na prática, conjugando esta garantia com as regras para a concessão de crédito à habitação, a medida permite que os jovens consigam obter 100% do valor da avaliação da casa, em vez dos 90% de limite que vigoram para a generalidade dos clientes.
Esta quarta-feira, o Banco de Portugal divulgou que cerca de 90% dos contratos com recurso à garantia pública tiveram um financiamento a 100%.
A Caixa Geral de Depósitos teve lucros de 393 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, pouco abaixo (-0,5%) dos 394,5 milhões de euros dos primeiros três meses de 2024.