O LIVRE Madeira manifesta "profunda preocupação com um incidente recentemente registado na zona do Fanal, onde turistas foram filmados a recolher elementos naturais — pedras ou pedaços de árvores — de uma das áreas mais emblemáticas da floresta Laurissilva".

No entender do partido, "este comportamento constitui um atentado ao património natural da Madeira e levanta sérias questões sobre a protecção e fiscalização das nossas áreas protegidas".

"O Fanal integra a Laurissilva Madeirense, classificada como Património Mundial Natural pela UNESCO desde 1999. Esta floresta representa um ecossistema único no mundo, com elevado valor ecológico, científico e cultural. A remoção de elementos naturais, ainda que aparentemente inofensivos, contribui para a erosão deste património e contraria os princípios do turismo responsável", recorda em comunicado.

O LIVRE apela às autoridades regionais, nomeadamente ao Governo Regional da Madeira e ao Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), para que "reforcem a fiscalização e vigilância nas áreas protegidas, através de meios humanos e tecnológicos; implementem sinalização clara e multilingue sobre as proibições e regras de conduta em áreas sensíveis; desenvolvam campanhas educativas permanentes junto dos turistas, operadores turísticos e população local e valiem a criação de zonas de acesso controlado, sempre que necessário, para garantir a sustentabilidade dos locais mais vulneráveis".

O partido salienta que "o turismo é também é fundamental para a economia madeirense, mas deve assentar em bases sustentáveis, justas e respeitados do ambiente".

"A natureza da Madeira é um bem comum — não pode ser tratada como um souvenir", acrescenta.

Por fim, diz que "o LIVRE reitera o seu compromisso com a protecção do ambiente, a justiça intergeracional e a construção de uma sociedade que respeita os seus ecossistemas e educa para a cidadania ecológica".