O ministro dos Negócios Estrangeiros do Líbano, Abdallah Bou Habib, diz que o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, concordou num cessar-fogo na região, antes de ser sido morto num ataque aéreo israelita.

Em causa está o pedido dos Estados Unidos, União Europeia e vários países árabes por um “cessar-fogo imediato de 21 dias” no Líbano.

Em entrevista ao programa Amanpour and Company, da PBS, o ministro libanês diz que foi informado de que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha concordado com o cessar-fogo.

De acordo com Bou Habib, depois de receber esta informação, o governo libanês consultou o Hezbollah, que também terá concordado com um cessar-fogo temporário. O Líbano comunicou depois a decisão aos norte-americanos e franceses.

Na entrevista, diz mesmo que o próprio Hassan Nasrallah "concordou" com os termos do acordo.

Apesar de a informação avançada agora pelo ministro libanês, Netanyahu negou, na altura do anúncio, qualquer acordo sobre uma possível trégua, falando em “notícias incorretas”.

“Trata-se de uma proposta franco-americana, à qual o primeiro-ministro nem sequer respondeu”, disse o gabinete do chefe de Governo israelita.

Hassan Nasrallah morreu a 27 de setembro, na sequência dos ataques de Israel ao quartel-general do Hezbollah, na capital do Líbano, Beirute.

Como retaliação ao assassinado do líder do Hezbollah e de um general iraniano, a Guarda Revolucionária do Irão bombardeou Israel com mísseis balísticos, na terça-feira à noite.

Desde o início do conflito na região, com o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, Israel e o grupo armado Hezbollah, apoiado pelo Irão, têm estado em confrontos, quase diários, na fronteira com o Líbano.