"Os familiares confirmam a libertação de nove mulheres presas políticas pós-eleitorais, que tinham sido transferidas na quinta-feira, 26 de dezembro, da GNB [Guarda Nacional Bolivariana, a polícia venezuelana] em Valera, no estado de Trujillo [oeste], para Los Teques, no estado de Miranda [centro--norte]", explicou sexta-feira a ONG na rede social X.

A CLPP expressou solidariedade com "as famílias que nunca deveriam ter sido obrigadas a viver esta injustiça" e exigiu "a liberdade para todos os presos políticos".

Na quinta-feira, uma outra ONG venezuelana, o Fórum Penal (FP), denunciou que estão detidas no país, por motivos políticos, 1.849 pessoas, o número mais elevado desde 2000.

De acordo com o FP, 1.628 presos políticos são homens e 221 mulheres, sendo que 1.687 são civis e 162 militares, de diferentes ramos das Forças Armadas. O FP acrescentou que todos os 1849 prisioneiros são adultos.

Na última semana, adiantou a FP, registaram-se 15 novas detenções e 43 libertações, enquanto mais de nove mil outras pessoas continuavam "submetidas arbitrariamente" a restrições à sua liberdade.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao atual Presidente e recandidato Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente.

O próximo Presidente da Venezuela tomará posse a 10 de janeiro de 2025 para um mandato de seis anos.

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