
O juiz Michael Jesic reduziu esta terça-feira as penas dos dois homens, que foram condenados a prisão perpétua em 1996 e cumpriram já 35 anos atrás das grades, a uma pena entre 50 anos de prisão e prisão perpétua.
A nova sentença permite aos dois irmãos pedir para saírem em liberdade condicional, algo que será decidido por um comité especial em 14 de junho.
A decisão do juíz Jesic foi tomada após uma audiência, em que a família de Erik e Lyle Menendez apoiou o pedido de libertação.
"Achamos que 35 anos são suficientes", explicou uma prima dos dois, Anamaria Baralt, no tribunal. "A nossa família perdoou-os completamente. Eles merecem uma segunda oportunidade na vida", acrescentou.
O caso dos dois irmãos ganhou notoriedade mundial depois de um filme e um documentário da Netflix, em 2024.
Em 1990, o Ministério Público norte-americano acusou os dois jovens, então com 18 e 21 anos, de terem morto os pais a tiro para herdarem uma fortuna no valor de 14 milhões de dólares (12,5 milhões de euros).
Os advogados alegaram que os irmãos tinham sido violados durante anos pelo pai e que a mãe sabia disso, e que o homicídio configurou uma tentativa desesperada de autodefesa.
A decisão do juiz esta terça-feira foi tomada no final do primeiro dia de uma audiência dois dias, cuja realização o novo procurador distrital de Los Angeles, Nathan Hochman, tentou impedir durante meses.
Hochman considera que os irmãos continuam a mentir sobre os motivos que os levaram a cometer os assassinatos de 1989, em que mataram os pais a tiro na sua casa de Beverly Hills.
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