O social-democrata José Pedro Aguiar-Branco foi reeleito, esta terça-feira, presidente da Assembleia da República. O deputado contou com 202 votos a favor, 25 brancos e 3 nulos.

O grupo parlamentar do PSD tinha proposto formalmente, na segunda-feira, a reeleição de Aguiar-Branco para as funções de líder do Parlamento.

Para a eleição do presidente da Assembleia da República, bastava obter 116 votos favoráveis - algo que já era esperado concretizar-se, uma vez que tanto o Chega como o PS, os dois maiores partidos da oposição, tinham declarado que não iriam colocar obstáculos à eleição de Aguiar-Branco.

No discurso que fez, perante o hemiciclo, após a reeleição, Aguiar-Branco lembrou os príncipios da democracia e da liberdade, que, defende, devem ser preservados "especialmente no Parlamento". E assinalou que o país terá pela frente "uma das mais exigentes" legislaturas da democracia.

"O que posso assegurar é que seremos equidistantes e respeitadores de todos os eleitos. Só assim, respeitamos a vontade popular", disse.

Aguiar-Branco prometeu tratar todos os diplomas discutidos em plenário de forma igual - "mesmo e especialmente" quando não concorda com elas - e que nunca terá "sinal de hostilidade ou agressividade" para qualquer deputado, "independentemente do seu partido, do que diga ou do que pense".

O líder do Paralmento sublinhou acreditar que o consenso "continua a ser possível". E assinalou que a democracia "não se salva, nem se defende", mas, sim, "constrói-se", todos os dias, com as decisões tomadas na Assembleia da República. "E com todos."

A Mesa da Assembleia da República é também eleita, esta tarde, pelos 230 deputados parlamentares, naquele que é o primeiro dia de plenário da XVII legislatura.

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