
Jaime Filipe Ramos, na sua última intervenção no debate na generalidade da proposta de Orçamento Regional, não perdeu a oportunidade de atirar algumas farpas à oposição, antes mesmo de destacar as mais-valias do rumo que a maioria PSD/CDS quer para a Madeira, não só este ano, mas neste mandato.
Lembrando a legitimidade da acção da maioria, consubstanciada nas Eleições Regionais antecipadas de 23 de Março, o líder da bancada social-democrata, falando de um “PIDDAR e um orçamento com mais tempo perdido do que útil”, e aludindo ao chumbo no final do ano passado e à consequente crise política, não deixou de abrir a porta à oposição para “uma negociação coerente e complementar”, colocando de parte o que sejam “propostas amplamente derrotadas pela população”. “Negociar sim, desvirtuar não”, sintetizou.
E antes mesmo de ter recebido as propostas da oposição, Jaime Filipe Ramos vaticinou a “habitual estratégia da vitimização”. Falando em concreto para o JPP, vincou que “só podem estar a gozar com os madeirenses” quando pedem baixa de impostos, enquanto mantêm, disse, os “impostos mais elevados onde governam”, aludindo a Santa Cruz. Ou seja, “exige aos outros aquilo que não pratica”, transpondo essa leitura também para a habitação.
Sobre a demais oposição, o social-democrata diz não esperar nada de novo. De caminho, garantiu o cumprimento do programa de governo apresentado, num mandato em que a maioria está garantida pelo acordo com o CDS.
Recusando entrar em "loucuras partidárias", Jaime Filipe Ramos aponta o caminho da estabilidade, com descida de impostos gradual e sustentável, contrariando as propostas da oposição, fugindo ao que diz ser "demagogia" de alguns partidos. Nesse sentido, garante que o Orçamento Regional, "realista e equilibrado", "assume as prioridades da Região", destacando a aposta na saúde, na educação e no sector social.