De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) iraniano chamou o embaixador da Arábia Saudita em Teerão para mostrar o seu "forte protesto" contra as execuções, que qualificou de "inaceitáveis" e "violadoras das regras do direito internacional".
A notícia da chamada do embaixador saudita ao MNE surge no mesmo dia em que a Arábia Saudita anunciou a execução de seis iranianos condenados à morte por tráfico de droga, após um ano marcado por um recorde de 338 execuções, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Os seis iranianos foram executados em Dammam, no leste do reino, por "contrabando de haxixe" para a Arábia Saudita, informou o ministério do Interior, sem especificar a data da execução.
Em 2024, 117 pessoas foram executadas por tráfico de droga na Arábia Saudita, incluindo 85 estrangeiros, segundo a AFP, que lembra que em 2023 as autoridades sauditas lançaram uma campanha antidroga, com uma série de rusgas e detenções.
No ano passado, a Arábia Saudita executou um total de 338 pessoas, contra 170 no ano anterior, escreve ainda a AFP, notando que, segundo a Amnistia Internacional, que contabiliza as execuções neste país rico e de rigorosa aplicação da lei islâmica desde 1990, os números anuais mais elevados até à data tinha sido 196 execuções em 2022 e 192 em 1995.
MBA // SF
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