
O grupo islamita palestiniano Hamas manifestou admitiu hoje libertar todos os reféns na Faixa de Gaza, se houver garantias do fim da "guerra genocida" contra o enclave de que acusa Israel .
Um alto responsável dos islamitas, Sami Abu Zuhri, declarou que o Hamas está disponível para "libertar todos os prisioneiros num só grupo", se houver "garantias internacionais" quanto ao fim da ofensiva, de acordo com o jornal palestiniano Filastin.
Israel relançou a sua ofensiva contra Gaza a 18 de março, depois de ter quebrado o cessar-fogo assinado em janeiro com o Hamas.
Desde essa altura, o Exército israelita intensificou os seus ataques contra o enclave e rejeitou a possibilidade de um acordo, insistindo que tenciona garantir a libertação dos reféns por meios militares.
A ofensiva israelita, lançada após os ataques lançados pelo Hamas e por outras fações palestinianas a 07 de outubro de 2023 - que fizeram cerca de 1.200 mortos e quase 250 sequestrados, segundo o Governo israelita - já provocou mais de 55.700 mortos e 130.000 feridos, segundo informações das autoridades do enclave palestiniano.
Sobre uma outra frente de guerra, Abu Zuhri voltou a condenar a ofensiva israelita contra território iraniano, dizendo que "a agressão contra o Irão é uma agressão contra todos, e os povos livres do mundo devem enfrentá-la".
"Apoiamos o Irão no combate à agressão sionista e avisamos os Estados Unidos para que não se envolvam na batalha", acrescentou o dirigente do Hamas.
A 13 de junho, Israel lançou uma onda de ataques contra instalações nucleares iranianas e áreas residenciais na capital, Teerão, e contra outros locais no Irão.
As autoridades iranianas aumentaram o número de mortos vítimas destes ataques para mais de 224, admitindo a existência de milhares de feridos.
Em Israel, as autoridades reportaram a morte de pelo menos 24 pessoas nos ataques de retaliação iranianos.