
Após uma corrida emocionante em Espanha, a Fórmula 1 deixa, por pouco tempo, o continente europeu e ruma até outro destino. O Grande Prémio do Canadá, a 10.ª prova do campeonato, realiza-se este fim de semana, entre os dias 13 e 15 de junho, no icónico Circuito Gilles Villeneuve.
Este circuito, localizado em Montreal, é um dos traçados mais emblemáticos do calendário da Fórmula 1. Situado na ilha artificial de Notre-Dame, tem uma extensão de 4,361 quilómetros e inclui um total de 13 curvas. A corrida de domingo será disputada ao longo de 70 voltas, com duas zonas de DRS(Drag Reduction System).
O circuito é conhecido pelas suas curvas técnicas e lentas— algumas delas bastante estreitas e, muitas vezes, situadas perto dos muros. Prova disso é o mítico "Muro dos Campeões", sobre o qual falaremos mais à frente neste guia.
Em que horários se realiza o GP do Canadá?
- Treino Livre 1 (FP1): 18:30- 19:30
- Treino Livre 2 (FP2): 22:00- 23:00
Sábado, 14 de junho:
- Treino Livre 3 (FP3): 17:30- 18:30
- Qualificação: 21:00- 22:00
Domingo, 15 de junho:
- Corrida: 19:00
(Horário de Portugal Continental)
Do 'Muro dos Campeões' à corrida mais longa na Fórmula 1
O primeiro Grande Prémio do Canadá realizou-se em 1961, no Mosport Park, perto de Toronto, mas só viria a integrar oficialmente o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 em 1967. No final da década de 1970, mais precisamente em 1978, a prova mudou-se para a ilha artificial de Notre-Dame, em Montreal.
A corrida inaugural neste novo traçado — conhecida por ter sido a mais fria da história da modalidade — deu ao canadiano Gilles Villeneuve a sua primeira vitória na Fórmula 1 e, mais tarde, acabaria por dar nome ao circuito.
O mítico "Muro dos Campeões"
O "Muro dos Campeões" é uma das curvas mais icónicas e temidas da história da Fórmula 1. Está localizado na última chicane do Circuito Gilles Villeneuve, mesmo antes da reta da meta. Mas de onde vem este nome?
Para responder a essa pergunta, é preciso recuar até ao século passado — mais precisamente ao ano de 1999. Nessa corrida de domingo, a chicane parecia ter um íman que atraía alguns dos pilotos mais conceituados da modalidade.
Os campeões Damon Hill, Michael Schumacher e Jacques Villeneuve — filho de Gilles Villeneuve — acabaram todos por embater naquele mesmo muro.
A corrida mais longa na história da Fórmula 1
Estávamos em 2011, quando o Grande Prémio do Canadá foi palco de uma das corridas mais épicas e caóticas da história da Fórmula 1.
A corrida de domingo, que habitualmente dura cerca de duas horas, acabou por prolongar-se por mais de quatro horas devido a várias interrupções de bandeira vermelha e períodos de Safety Car provocados por chuva intensa e acidentes na pista.
Depois de uma prova extremamente desgastante, tanto física como emocionalmente, Jenson Button (McLaren) acabou por vencer a corrida e subir ao pódio acompanhado pelos dois pilotos da Red Bull da altura, Sebastian Vettel e Mark Webber.
O erro de Sebastian Vettel que lhe custou a vitória
O Grande Prémio do Canadá de 2019 ficou marcado por uma das polémicas mais discutidas nesse ano — envolvendo Sebastian Vettel e a Ferrari, numa disputa direta com Lewis Hamilton da Mercedes.
Na volta 48 de 70 no total, Sebastian Vettel, que seguia na liderança da corrida, cometeu um erro na curva 3-4, saiu da pista e atravessou a relva. Ao regressar à pista, acabou por forçar Lewis Hamilton a tirar o pé para evitar uma colisão — a direção de prova considerou que o piloto da Ferrari fez um “regresso inseguro” à pista, obrigando o adversário a sair da trajetória ideal.
Mas o momento mais dramático ainda estava para chegar. Sebastian Vettel acabou por receber uma penalização de 5 segundos, que o relegou para o 2.º lugar — apesar de ter cruzado a linha da meta à frente de Lewis Hamilton.
Descontente com a situação, Vettel recusou-se a subir imediatamente ao pódio. Num ambiente de grande tensão, o piloto alemão trocou as placas de posição colocadas à frente dos dois primeiros monolugares — colocou o número 1 em frente à sua Ferrari e mudou o número 2 para o carro de Hamilton.
Quem lidera o Campeonato de Pilotos e Construtores?
O Grande Prémio de Espanha deu a Oscar Piastri (McLaren) a sua quinta vitória da temporada.
O piloto australiano mantém-se na liderança do Campeonato Mundial de Pilotos, com 186 pontos, seguido pelo seu companheiro de equipa, Lando Norris, que soma menos 10 pontos. Max Verstappen (Red Bull) ocupa o terceiro lugar, com 137 pontos.
No Campeonato de Construtores, a McLaren reforçou a sua liderança isolada, somando agora 362 pontos. A Ferrari subiu ao segundo lugar, com 165 pontos, ultrapassando a Mercedes, que desceu para terceiro com 159 pontos.