
"Podemos considerar uma adesão de perto de 80% em termos de chão de fábrica, isto numa empresa com cerca de 270 trabalhadores, muitos quadros administrativos (...). As linhas de produção estão praticamente paradas", disse Miguel Ângelo Pinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (SITE Norte).
À Lusa, cerca das 14:00, enquanto decorria um desfile de trabalhadores nas redondezas da fabricante de aviões instalada na Zona Industrial da Ermida, Miguel Ângelo Pinto apontou que "as principais reivindicações passam pelo aumento do salário e uma negociação efetiva do Caderno Reivindicativo.
"Reivindicamos um aumento de 150 euros, negociável, para todos os trabalhadores", resumiu, admitindo que os responsáveis da empresa "chegaram a reunir com os trabalhadores nos primeiros tempos".
"Mas falta assumir um compromisso", disse.
Segundo o responsável do SITE Norte, os trabalhadores também exigem um subsídio de deslocação.
"Estamos a falar de uma empresa que realmente tem um transporte aqui, mas que poucos trabalhadores usam. É um caderno reivindicativo composto por várias matérias", concluiu.
Esta paralisação decorre em dois turnos, o primeiro das 11:00 às 15:00 e o segundo das 15:00 às 19:00, e no pré-aviso de greve aparece como tendo "horário central" das 13:00 às 17:00, prolonga-se no sábado com greve todo o dia ao trabalho extraordinário.
A agência Lusa contactou a empresa que, por 'email', garantiu que "tem mantido um diálogo aberto e construtivo com os representantes dos trabalhadores e reúne com estes representantes regularmente e quando solicitado".
"A prioridade da Airbus Atlantic Portugal é garantir um ambiente de trabalho justo, seguro e de respeito para todos os seus colaboradores. Continuaremos a acompanhar a situação e tomaremos as medidas necessárias para minimizar quaisquer perturbações operacionais, num contexto de entendimento entre todas as partes envolvidas", lê-se na resposta ao pedido de esclarecimento.
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