Mitsuko Uchida, Christian Zacharias e Alexander Melnikov, Piotr Anderszewski e Javier Perianes, Isabelle Faust, Peter Mattei e os quartetos Leipzig, Modigliani e Quiroga são outros nomes, para os ciclos de Piano, Grandes Intérpretes e Música de Câmara.

Numa programação com mais de 120 espectáculos, em que o Coro e a Orquestra Gulbenkian são "os pilares", constam ainda os Concertos Participativos, que reúnem músicos amadores a profissionais, num trabalho recorrente, e o ciclo Músicas de Mundo, com testemunhos do Afeganistão, Arménia, Bulgária, Índia, Senegal e das tradições corsa e persa.

O Ciclo de Piano abre com a estreia portuguesa do pianista japonês Mao Fujita, em 19 de outubro, no Grande Auditório da Palhavã. Revelação internacional dos últimos anos, Fujita interpretará em Lisboa compositores como Beethoven, Wagner, Alban Berg, Mendelssohn, Schönberg, Brahms e Liszt.

O cartaz deste ciclo conta ainda com os 'regulares' Elisabeth Leonskaja (24 de maio), Arcadi Volodos (26 de abril), Nikolai Lugansky (16 abril), Grigory Sokolov (23 de março), Piotr Anderszewski (09 de março), András Schiff (28 de fevereiro) e Javier Perianes (07 de dezembro).

A pianista Mitsuko Uchida atuará no âmbito do Ciclo de Grandes Intérpretes, em 10 de maio, num recital cujo programa adianta a Sonata para piano em sol maior, D.894, de Franz Schubert.

Este ciclo também inclui o barítono Peter Mattei, com o pianista Daniel Heide, em "O Canto do Cisne", o derradeiro ciclo de canções composto por Schubert (01 de fevereiro), a violinista Isabelle Faust com o cravista Kristian Bezuidenhout (12 de abril), com as Seis Sonatas BWV 1014-1019, de Bach, e o violoncelista Nicolas Altstaedt, em obras de Dutilleux, Kodály e Bach (21 de outubro).

Nos Grandes Intérpretes encontra-se igualmente o músico Jordi Savall, que regressará à Gulbenkian, em 22 de fevereiro, com as suas formações Hespèrion XXI e Orpheus 21, no projeto "Um Diálogo de Almas", reunião de músicos cristãos, judeus e muçulmanos, em torno da música do Mediterrâneo e do Oriente, à semelhança do seu álbum de 2023.

No âmbito deste ciclo serão ainda apresentadas, no dia 13 de outubro, versões semi-encenadas das obras "Il Ballo delle Ingrate", "Il Combattimento di Tancredi" e "Clorinda", de Claudio Monteverdi, pelo ensemble Il Pomo d'Oro, sob a direção de Francesco Corti, com a participação das sopranos Ana Quintas, Carlotta Colombo e Jin Jiayu.

O Ciclo de Música de Câmara inclui os quartetos Casals, com o pianista Alexander Melnikov, que interpretará o Quinteto op. 57, de Dmitri Chostakovitch (04 de novembro); Leipzig, com o pianista Christian Zacharias, em Gade, Brahms e no Quinteto de Robert Schumann (27 de novembro); Modigliani, com o clarinetista Pablo Barragán, em Kurtág, Haydn e Brahms (02 de fevereiro); Quiroga e "As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz", de Haydn (23 de fevereiro); e o Belcea, com o Quarteto "Das dissonâncias", de Mozart, o 2.º Quarteto, de Benjamin Britten, e o Quarteto op. 135, de Beethoven (04 maio).

O "Quarteto para o Fim dos Tempos", de Olivier Messiaen, escrito no campo de concentração nazi Stalag XIII, em Gorlitz, e aí estreado em 1941, durante a II Guerra Mundial, será interpretado por Sharon Kam, em clarinete, Liza Ferschtman, em violino, Christian Poltéra, violoncelo, e Enrico Pace, em piano, no dia 07 de abril, cerca de 85 anos após a primeira audição. O quarteto composto por Messiaen como "um grande ato de fé" será acompanhado por obras de Erwin Schulhoff e Béla Bartók.

O ciclo dedicado às Músicas do Mundo apresentará, no Grande Auditório da Palhavã, tradições musicais de diferentes geografias, das "Memórias do Afeganistão", pelo Ustad Daud Khan Ensemble, em rubab, sarinda, delruba e tabla (25 de outubro), ao "Mistério das Vozes Búlgaras" (15 de novembro) e à revisitação de três séculos de música arménia, com o Gurdjieff Ensemble, sob a direção artística de Levon Eskenian (23 de maio).

Neste ciclo incluem-se ainda a dupla franco-senegalesa Ablaye Cissoko & Cyrille Broto (29 de novembro), música tradicional persa, pela voz de Sara Eghlimi, acompanhada por tarm, santour e tombak (21 de março), a música clássica indiana em sarod (11 de abril), e cantos da Córsega, pelo ensemble A Filetta (09 de maio).

Os Concertos Participativos, nos quais coralistas amadores se juntam ao Coro e à Orquestra Gulbenkian, trabalham este ano a "Paixão Segundo São Marcos", de Osvaldo Golijov, que terá apresentação pública em 12 de janeiro, sob a direção do maestro Jean Paul Buchieri.

Esta obra, composta em 2000, foi uma das quatro "Paixões" encomendadas pela International Bach Academy, para assinalar os 250 anos da morte do Mestre de Leipzig.

A Temporada Gulbenkian Música 2025/26 começa a 06 de setembro, com um concerto ao ar livre, na Vale do Silêncio, nos Olivais, em Lisboa, e tem o primeiro concerto no Grande Auditório dois dias depois, com a abertura do ciclo dedicado a Pierre Boulez, no ano do centenário do compositor - um recital, de entrada gratuita, com a pianista Tamara Stefanovich, que conjuga a 2.ª Sonata para piano de Boulez, com obras para instrumentos de tecla, desde o Barroco até à primeira metade do século XX.

A programação completa da temporada fica disponível no 'site' da fundação, em gulbenkian.pt/musica/.

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