O Governo anunciou, esta terça-feira, a assinatura do contrato de concessão para a ligação Porto-Oiã em alta velocidade. O Ministério das Infraestruturas e Habitação garante que se trata de um “passo decisivo” para ligar Lisboa ao Porto em pouco mais de uma hora.

Em comunicado, o gabinete de Miguel Pinto Luz assinala que a assinatura do contrato oficializa a concessão para a primeira fase da ligação Porto-Lisboa, com data prevista para 2030.

O troço Porto-Oiã, que deverá constituir a primeira parte da futura linha de alta velocidade, tinha sido adjudicado, em outubro do ano passado, ao consórcio LusoLav (que inclui as empresas de construção Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Gabriel Couto, Conduril e Grupo Casais). No entanto, só agora foi assinado o contrato de concessão com a empresa Avan Norte, constituída pelo consórcio para o investimento na ferrovia de alta velocidade.

A parceria público privada (PPP) para esta ligação entre Porto e Oiã recebeu um financiamento recorde do Banco Europeu de Investimento, no valor de 875 milhões de euros, segundo a tutela.

O Governo insiste que a obra é um elemento central da política de mobilidade nacional, que pretende contribuir para a coesão territorial e para o cumprimento dos objetivos de descarbonização definidos no EU Green Deale no Acordo de Paris.

Pretende-se ligar Lisboa ao Porto, de comboio, em 1 hora e 15 minutos. A tutela alega que as obras trarão “benefícios bastante significativos e alargados ao nível da redução dos tempos de percurso, qualidade da oferta e resiliência do sistema ferroviário” e que vão ajudar a que haja novas centralidades e formas de organização territorial.