Os gastos com medicamentos nunca foram tão altos para o Serviço Nacional de Saúde e para os utentes como em 2024. Os custos para o SNS subiram quase quatro milhões de euros, um aumento de 11,5% em relação ao ano anterior.

A nível hospitalar, a Oncologia foi a especialidade que mais contribuiu para este crescimento, seguida dos gastos com as vacinas da gripe e meningite.

Nos hospitais e centros de saúde, o aumento da despesa com medicamentos foi de 16,1%, fixando-se em 2.274,8 milhões de euros. Os restantes 1.683,8 milhões são referentes às comparticipações dos medicamentos comprados nas farmácias pelos utentes.

O Infarmed salienta, contudo, que após deduzidas a totalidade das contribuições resultantes de devoluções ao SNS por parte da indústria farmacêutica, o aumento da despesa com medicamentos em 2024 foi de 9% face a 2023, com um total de 3,5 mil milhões de euros.

Já os utentes, mesmo com receita médica, gastaram uma média de 2,5 milhões de euros por dia.

Aumento deve-se, sobretudo, a despesa com medicamentos antidislipidémicos - para tratar colesterol e triglicéridos - e com antidepressivos.

Foram dispensadas em 2024 nas farmácias 193,4 milhões de embalagens de medicamentos, um número que cresceu 5,15 (+9,4 milhões).

O relatório aponta ainda para um aumento de 0,13 euros do custo médio por embalagem face ao ano de 2023.