
O ataque ocorreu pelas 22:00 (20:00 em Lisboa) e visou um autocarro que transportava mais de 24 elementos desta organização de ajuda humanitária e trabalhadores palestinianos que apoiam a GHF.
"No momento do ataque, a nossa equipa estava em viagem para um dos nossos centros de distribuição [de ajuda] na zona oeste de Khan Younis", destacou o organismo, em comunicado.
De acordo com os dados preliminares divulgados pela GHF, pelo menos cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas.
A fundação teme ainda que várias pessoas tenham sido feitas reféns pelo movimento islamita palestiniano.
Considerando este um "ataque contra a humanidade", a GHF instou a comunidade internacional a "condenar imediatamente o Hamas pelo ataque não provocado e as ameaças contínuas contra trabalhadores que apenas tentam alimentar o povo palestiniano".
"Apesar deste hediondo ataque, vamos continuar a nossa missão de providenciar ajuda fundamental à população de Gaza", pode ler-se.
Criticada pela ONU e por outras organizações de ajuda humanitária por violar as normas internacionais de neutralidade na prestação de ajuda, a GHF faz parte de um plano controverso que envolve a presença de segurança privada e do exército israelita em Gaza para proteger o perímetro dos pontos de distribuição de alimentos.
Após mais de um ano e meio de guerra, a situação humanitária desastrosa na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes em 07 de outubro de 2023 no território israelita pelo movimento islâmico palestiniano Hamas, no poder desde 2007, que provocou 1.218 mortes, de acordo com uma contagem da agência noticiosa France-Presse baseada em dados oficiais.
Mais de 55.000 palestinianos, a sua maioria civis, foram mortos na ofensiva israelita de retaliação em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.
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