
Cerca de seis mil militares vão estar este ano envolvidos em operações de vigilância, dissuasão de incêndios rurais e sensibilização das populações, disse hoje o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), tendo destacado a "tarefa importante" que representa.
A missão de "apoio ao desenvolvimento e bem-estar das populações é uma tarefa importante, num período também que é por nós conhecido, normalmente de maio a novembro, em que nós contribuímos para a prevenção, para o combate e para a vigilância de eventuais incêndios que possam ocorrer", declarou aos jornalistas o CEMGFA, general José Nunes da Fonseca, em Alcanena, no distrito de Santarém.
O CEMGFA visitou hoje o dispositivo das Forças Armadas no âmbito da Vigilância, Deteção e Apoio ao Combate de Incêndios Rurais nos concelhos de Alcanena e da Lousã, tendo referido que, "neste campo, operam militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea, em coordenação com o comando conjunto das operações militares", sob a sua direção.
"Nós temos várias formas de intervenção. A primeira é de vigilância e deteção. E a esse respeito, os três ramos cooperam de forma até complementar. A Marinha e o Exército com as suas patrulhas de vigilância e deteção e a Força Aérea, mais com elementos aéreos, nomeadamente sistemas aéreos não tripulados e helicópteros", declarou.
O CEMGFA apontou ainda a outras áreas de intervenção, nomeadamente ao nível de "apoios próprios que possam ser necessários", como "no caso de haver um incêndio, onde o equipamento de engenharia intervém para abrir aceiros e para dar o apoio que for necessário no combate", exemplificou.
O responsável destacou ainda o empenho diário de um total de 19 patrulhas militares (16 do Exército e 03 da Marinha) na vigilância das florestas, dissuasão de incêndios rurais e sensibilização da população, numa operação que, desde maio e até hoje, já envolveu 1.457 militares, e que, até novembro, se prevê venha a envolver um total de cerca de seis mil militares.
Questionado se existe um reforço em termos de efetivo militar no terreno, José Nunes da Fonseca disse que o dispositivo estará este ano "mais ou menos nos mesmos patamares" do ano passado, em que as Forças Armadas envolveram "cerca de seis mil militares em cerca de 1.500 patrulhas", no que afirmou ser um "esforço bastante grande, em cerca de seis meses".
O CEMGFA disse, no entanto, ter os meios "adequados" para a ação, tendo feito notar que os ramos (das Forças Armadas) têm, ao mesmo tempo a sua atividade operacional.
"Eu diria que os empenhamentos dos ramos, Marinha, Exército e Força Aérea, nessas circunstâncias, são aqueles adequados às capacidades que têm no momento. Esta também é uma atividade operacional muito específica, em apoio à segurança, ao desenvolvimento das populações e prevenção de incêndios, mas é compatível com as nossas capacidades", concluiu.