Os líderes de França, Reino Unido, Alemanha e Polónia, que se deslocaram a Kiev, ameaçaram hoje Moscovo com duras sanções se não aceitar a proposta de trégua.

Espera-se que o Presidente russo, Vladimir Putin, realize em breve uma conferência de imprensa para anunciar a posição russa em relação à proposta ocidental.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse anteriormente que Moscovo não é contra tréguas, mas não quer que Kiev as utilize para se rearmar e fazer uma rotação das tropas na linha da frente.

Afirmou também que as declarações dos líderes ocidentais sobre a imposição de novas sanções a Moscovo são "uma perda de tempo".

"Estamos habituados às sanções. Até já sabemos o que vamos fazer depois de serem anunciadas e como vamos minimizar as suas consequências. Já aprendemos isso. Por isso, assustar-nos com sanções é uma perda de tempo", declarou Peskov à televisão estatal russa.

O cessar-fogo de três dias entrou em vigor à meia-noite de 07 para 08 de maio, por ocasião do Dia da Vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), cujas comemorações levaram a Moscovo cerca de 20 líderes estrangeiros.

Segundo a Ucrânia, a Rússia não respeitou o cessar-fogo no terreno, mas deixou de disparar mísseis e lançar 'drones' (aeronaves não-tripuladas) de longa distância desde que este entrou em vigor.

Moscovo também acusou as forças ucranianas de violarem o cessar-fogo mais de 9.000 vezes e de tentarem entrar em território russo durante o cessar-fogo.

No entanto, os ataques maciços de 'drones' ucranianos em território russo cessaram, principalmente na capital russa, onde a 09 de maio se realizou uma grande parada militar para assinalar a vitória sobre os nazis em 1945.

ANC //APN

Lusa/Fim