O Fórum "congratula-se com a libertação esperada de Daniella Gilboa, Karina Ariev, Liri Albag e Naama Levy, após 477 dias de cativeiro", anunciou em comunicado o grupo de defesa que representa os familiares dos israelitas detidos em Gaza pelo Hamas.

"Uma nação inteira lutou por elas e aguarda ansiosamente o seu tão esperado regresso aos braços das suas famílias", acrescentou o grupo no mesmo comunicado.

Nos termos do acordo de cessar-fogo, que suspendeu a guerra de 15 meses entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas após entrar em vigor no domingo passado, Israel deverá libertar 200 prisioneiros palestinianos em troca das quatro mulheres, incluindo 120 militantes que cumprem penas de prisão perpétua.

O Serviço Prisional israelita declarou em comunicado que os prisioneiros palestinianos serão primeiro levados para as prisões israelitas de Ofer (perto de Jerusalém) e de Ktziot (a sul de Gaza), onde serão identificados por representantes da Cruz Vermelha (CCIV) e onde aguardarão a libertação dos reféns israelitas.

De seguida, os prisioneiros palestinianos serão levados da prisão de Ofer para dois pontos: uma praça na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, e a passagem de Kerem Shalom para a Faixa de Gaza.

A Autoridade Palestiniana para os Assuntos dos Prisioneiros, que faz parte da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), informou também que o pessoal da Cruz Vermelha começará a examinar os prisioneiros na prisão de Ofer pelas 05:00 da manhã de sábado (03:00 em Lisboa) e que serão libertados entre as 10:00 e as 11:00 horas locais (entre as 08:00 e as 09:00 em Lisboa).

A primeira fase da trégua, que deverá durar seis semanas, deverá permitir a libertação de 33 reféns detidos em Gaza em troca de um número muito maior de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

O primeiro dia da trégua, 19 de janeiro, foi marcado pela libertação três reféns israelitas e de 90 prisioneiros palestinianos.

De acordo com os detalhes do acordo de cessar-fogo com o Hamas, Israel libertará 50 prisioneiros palestinianos por cada mulher soldado israelita, o que significa que pelo menos 200 dos reclusos deverão sair em liberdade.

Apesar de os combates terem cessado em Gaza, Israel continua a levar a cabo uma operação militar na Cisjordânia ocupada, que já resultou na morte de pelo menos 14 pessoas, segundo as autoridades sanitárias locais.

Israel e o Hamas envolveram-se numa guerra em outubro de 2023, na sequência de um ataque sem precedentes do grupo extremista palestiniano no sul do território israelita que fez cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns. Em represália, Israel lançou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, matando mais de 47 mil pessoas.

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