Numa nota enviada à imprensa, os advogados informaram que o ex-presidente vai apresentar-se "para cumprimento da decisão determinada" pelo juiz Alexandre de Moraes, "sem prejuízo das medidas judiciais previstas".

Alexandre de Moraes rejeitou o último pedido de reanálise de Collor de Mello, alegando que os últimos recursos do também ex-senador tinham caráter "meramente protelatório".

Por isso, decretou a "prisão imediata" do antigo presidente, condenado em 2023 a oito anos e dez meses de prisão por corrupção.

Primeiro presidente a ser eleito por sufrágio universal direto após a ditadura militar, em 1990, Collor de Mello demitiu-se a meio do mandato, em 1992, depois de o Parlamento abrir um processo de destituição por corrupção passiva.

Regressou à política em 2006, como senador de centro-direita pelo estado de Alagoas, nordeste do país, e tornou-se próximo do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, para quem fez campanha nas eleições de 2022. Manteve o lugar no Senado até ao final de 2024.

Collor de Mello, 75 anos, foi condenado em 2023 no âmbito de um megaescândalo revelado pela vasta investigação Lava Jato.

Foi considerado culpado de facilitar "de forma irregular" a assinatura de contratos entre uma empresa de construção e uma subsidiária da empresa petrolífera estatal Petrobras.

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