
Uma mulher foi detida pela Polícia de Segurança Pública pouco depois de ter embarcado no navio ‘Lobo Marinho’, na manhã de hoje no Funchal, instantes antes da partida com destino à ilha do Porto Santo.
No cerne da intervenção policial esteve o comportamento intempestivo da passageira ao chegar ao Molhe da Pontinha. Segundo apurou o DIÁRIO, a mulher com cerca de 40 anos reagiu mal à advertência dos agentes da PSP dirigida ao motorista de táxi no qual se fazia transportar.
Os polícias destacados para orientar o trânsito à entrada do porto do Funchal proibiram o táxi de entrar numa zona interdita e ordenaram que se dirigisse ao local previsto para esse efeito, tal como os demais.
O motorista acabou por acatar a ordem policial, mas a passageira não deixou de se insurgir, contestando a decisão. A troca de argumentos rapidamente se acalorou, com a mulher a dirigir-se num tom insultuoso aos agentes da autoridade que não lhe perdoaram as ofensas.
A passageira, ainda enervada com o sucedido, entrou na pequena gare, fez o 'check-in' e embarcou no ferry. Mas a viagem acabou por ser outra. Pouco depois, entraram a bordo dois agentes da PSP com ordem de detenção da passageira.
A mulher soube então que teria de abandonar o navio sob escolta policial pois teria de responder por um crime de injúria aos agentes da autoridade. A ousadia saiu-lhe caro, pois não viajou para o Porto Santo e amanhã de manhã terá de se apresentar no tribunal para ser ouvida em primeiro interrogatório judicial. Se o motivo da viagem era uma 'escapadinha' de fim-de-semana à Ilha Dourada, o tempo de gozo de férias ficará bem mais curto.
Quem injuriar outra pessoa, imputando-lhe factos, mesmo sob a forma de suspeita, ou dirigindo-lhe palavras, ofensivos da sua honra ou consideração, é punido com pena de prisão até 3 meses ou com pena de multa até 120 dias Artigo 181.º do Código Penal
A punição é, em geral, de pena de prisão até três meses ou com pena de multa até 120 dias, sendo passíveis de agravação, por exemplo, se o agente for funcionário e praticar o facto com grave abuso de autoridade, como foi o caso.