As equipas de socorro conseguiram controlar o fogo resultante dos ataques israelitas à escola Fahmi Al Jarjawi, no bairro de Al Daraj, no leste de Gaza, onde também foram assistidos cerca de 21 feridos, lê-se numa mensagem da organização humanitária na plataforma de mensagens Telegram.

O correspondente da Al Jazeera na zona informou que o bombardeamento provocou um grande incêndio numa área onde se encontravam várias pessoas, incluindo crianças.

Tanto o canal de televisão do Qatar como outros meios de comunicação social locais estimam mais de 20 mortos.

De acordo com o último relatório das autoridades médicas da Faixa de Gaza, citado por vários meios de comunicação social da região, o exército israelita matou 57 pessoas no enclave desde as primeiras horas da manhã de domingo.

Nesse dia, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, indicou que Israel matou dois trabalhadores da organização.

"Estamos desconsolados com a morte de dois dos nossos queridos colegas, Ibrahim Eid e Ahmad Abu Hilal, que foram mortos num ataque à sua casa em Khan Younis em 24 de maio de 2025", disse a organização num comunicado.

"O seu assassinato destaca o número intolerável de mortes de civis em Gaza. O ICRC reitera o apelo urgente para um cessar-fogo e para o respeito e proteção dos civis, incluindo o pessoal médico, de ajuda humanitária e da defesa civil", acrescentou a instituição na nota.

De acordo com a organização, Ibrahim Eid trabalhava como oficial de contaminação de armas para o ICRC, uma especialidade relacionada com munições não detonadas e com a libertação de materiais químicos no ambiente. Já Ahmad Abu Hilal era segurança no Hospital de Campanha da Cruz Vermelha em Rafah, também no sul de Gaza.

O chefe do Estado-Maior israelita, Eyal Zamir, afirmou no domingo, durante uma visita às tropas destacadas na Faixa de Gaza, que o exército está a intensificar os ataques no enclave, onde, segundo as autoridades de Saúde de Gaza, já foram mortas cerca de 53.900 pessoas, no âmbito da nova ofensiva lançada a 17 de maio para assumir o controlo daquele território.

"Estamos a intensificar a nossa atividade, de acordo com o plano. O Hamas está sob enorme pressão: perdeu a maior parte dos seus bens, comando e controlo. Vamos utilizar todas as ferramentas à nossa disposição para trazer os reféns para casa, desmantelar o Hamas e desmantelar o regime", disse Zamir, citado num comunicado do Estado-maior.

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