
Miguel Albuquerque deverá fechar este fim-de-semana alguns dos principais nomes do PSD-M às eleições autárquicas de 2025, num processo que tem sido conduzido de forma cautelosa, mas que está agora a entrar numa fase decisiva. Com os relógios a contarem, o líder social-democrata madeirense prepara-se para clarificar escolhas que têm alimentado especulações internas e externas.
Um desses casos poderá ser resolvido já esta manhã, à margem da visita que o presidente do Governo Regional realiza ao evento Madeira Classic Revival, na Praça do Povo, no Funchal. O momento poderá ser aproveitado para colocar um ponto final nas dúvidas quanto à sua candidatura à presidência da autarquia de São Vicente com o líder do PSD-M a ratificar o nome de Fernando Góis.
Apesar de não haver ainda confirmação oficial, a presença de Albuquerque é, de acordo com várias fontes internas, uma oportunidade ideal para o líder do PSD-M firmar publicamente uma escolha que há muito está consolidada nos corredores do PSD-M: Fernando Góis será o cabeça-de-lista social-democrata em São Vicente e não há volta a dar.
Outro nome poderá ser já anunciado - ou nas próximas horas - é o de Jorge Santos que terá já a garantia de um acordo de unidade política com Hélder Gomes, com o 'vice' de Ricardo Nascimento a ser o cabeça-de-lista, enquanto o ex-chefe de gabinete deverá ser número dois. Mas este processo ainda estará preso por pequenos detalhes.
A confirmar-se, estas decisões porá termo a semanas de rumores e servirá para estabilizar internamente a estrutura do partido no norte da ilha mas a oeste. Em São Vicente e na Ribeira Brava, o PSD procura garantir uma transição tranquila após os três mandatos de José António Garcês, e o nome de Góis, que conhece a máquina e o terreno, tem sido apontado como o mais consensual tendo apoio apoio das bases bem como presidentes de Junta de Freguesia. Os mesmos predicados se aplicam na Ribeira Brava e a Jorge Santos.
No entanto, o fim-de-semana promete mais novidades. Ao que tudo indica, Albuquerque quer sair nos próximos dias com uma parte significativa das candidaturas definidas, sobretudo nos concelhos onde o partido lidera, mas também naqueles em que aposta recuperar terreno perdido. A estratégia passa por antecipar movimentações dos adversários e garantir estabilidade nos bastiões tradicionais.