
O Instituto para osComportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD) divulgou esta quarta-feira dados do consumo de substâncias psicoativas dos jovens de 18 anos em 2024. O relatório foi desenvolvido com participantes do Dia da Defesa Nacional no último ano.
De acordo com o estudo, 70 a 80% dos inquiridos consumiram álcool no 12 meses anteriores à participação na pesquisa. O tabaco foi consumido por 40% das pessoas, enquanto substâncias ilícitas contabilizam 20%. Destas, a canábis destaca-se, seguida por anfetaminas/metanfetaminas e cocaína. Com exceção às substâncias legais, o consumo tende a ser inferior a dez vezes no ano.
No que diz respeito às bebidas alcoólicas, cerca de metade dos jovens consumiu grandes quantidades. Destes, apenas um terço diz ter-se embriagado severamente, enquanto quase 60% dizem ter acontecido “ligeiramente”. Os números, contudo, apontam para uma diminuição no consumo de álcool, tabaco e substâncias ilícitas em comparação com anos anteriores. Por outro lado, a utilização de tranquilizantes/sedativos sem receita médica manteve-se estável.
A pesquisa contava com uma pergunta sobre "problemas associados ao consumo". Eram descritas sete possibilidades: "problemas de rendimento na escola/trabalho, problemas de saúde que motivaram assistência médica, problemas com comportamentos em casa, problemas financeiros, atos de violência ou conduta desordeira, relações sexuais sem preservativo e situações de mal-estar emocional". A cada dez pessoas, três experienciaram pelo menos uma destas situações devido ao álcool. Este número diminui para 16% entre utilizadores de substâncias ilícitas.
O "Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional" é realizado anualmente desde 2015. Os resultados são baseados num inquérito por questionário de autopreenchimento, anónimo, sobre consumo de substâncias psicoativas e utilização da internet.
Texto escrito por João Sundfeld e editado por David Dinis