A tempestade Éowyn, que está a atingir o Reino Unido, também terá efeitos em Portugal, ainda que menos severos. Os próximos dias vão ser de chuva, principalmente no Norte do país e com maior intensidade no domingo. A Proteção Civil emitiu, por essa razão, um aviso à população com um conjunto de medidas preventivas que deve adotar.

Para a Irlanda e para o Reino Unido, a previsão é de uma tempestade destrutiva, tendo sido mesmo apelidada de “tempestade do século”. Em Portugal, os efeitos não têm comparação. Ainda que indiretos, há avisos a ter em conta, com especial atenção, esta sexta-feira, para o litoral norte do território continental.

Para sábado, a previsão adequa-se à altura do ano: chuva e vento moderados, com aviso amarelo devido à agitação marítima em todos os distritos do litoral. No domingo, a situação muda de figura, com um agravamento significativo do estado do tempo devido à passagem da depressão Hermínia; e a partir da tarde de segunda-feira espera-se queda de neves no Norte e Centro do país.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta para a possível ocorrência de cheias, inundações em zonas urbanas, piso rodoviário escorregadio e desconforto térmico na população devido ao aumento da intensidade do vento.

Neste sentido enumera oito recomendações para, salienta, no comunicado enviado às redações, evitar um “eventual impacto” destas condições meteorológicas, algumas recomendações a ter em conta para se manter em segurança:

  • garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
  • evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve;
  • restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
  • não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;
  • estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.