Embora já tivesse sido antecipada várias vezes através de rumores e especulações, a saída de Christian Horner da Red Bull, após duas décadas como chefe de equipa, caiu como uma bomba no mundo da Fórmula 1. Horas depois, chegou a reação mais esperada do dia — a do próprio britânico.

Depois de 20 anos à frente da Red Bull, Christian Horner afirma que se despede da equipa que tanto estimou com o coração pesado, mas também com orgulho: “Foi um privilégio fazer parte e liderar esta equipa épica e sinto-me muito orgulhoso das nossas conquistas coletivas e de todos vocês”, escreveu nas suas redes sociais.

Agradece a todos os colaboradores, parceiros, fãs e rivais que contribuíram para esta trajetória de sucesso, marcada por múltiplos títulos e superação de desafios, que resultaram em oito títulos de pilotos (com Sebastian Vettel e Max Verstappen) e seis campeonatos de construtores. Nos últimos 20 anos, conquistou ainda 124 vitórias em 405 corridas, 107 pole position e 287 pódios.

Destaca a paixão, ambição e respeito que definem a Fórmula 1 e manifesta confiança no futuro, especialmente nos planos para 2026, numa altura em que já circulavam rumores sobre possíveis ligações a outras equipas, nomeadamente à Ferrari.

Da glória ao "downfall" de Christian Horner

Nas últimas duas décadas, Christian Horner — que também teve uma breve carreira como piloto — foi o principal responsável por transformar a Red Bull numa das equipas mais temidas da grelha, sendo simultaneamente o chefe de equipa com maior longevidade neste cargo.

Ainda assim, o último ano não tem sido fácil para Christian Horner, que viu o domínio da "menina dos seus olhos" desmoronar. A quebra de desempenho, a partir de meados de 2024, foi agravada por polémicas internas — entre elas, as acusações de comportamento inapropriado por uma funcionária, das quais viria a ser ilibado — e pela saída do lendário designer Adrian Newey.

No ano passado, apesar de Max Verstappen ter conquistado o título de tetracampeão mundial, a Red Bull acabou por perder o Campeonato Mundial de Construtores para a McLaren. Este ano, a equipa austríaca ocupa apenas o 4.º lugar na tabela, enquanto Verstappen segue na 3.ª posição no Campeonato Mundial de Pilotos.