Num comunicado divulgado pela embaixada chinesa em Telavive, as autoridades apelaram aos seus nacionais para que "acompanhem de perto a evolução da situação, mantenham a calma, estejam extremamente vigilantes e se preparem para se proteger de diversos tipos de ataques, nomeadamente mísseis e veículos aéreos não tripulados ['drones']".

A embaixada aconselhou ainda os cidadãos chineses a "evitarem sair de casa, exceto em caso de absoluta necessidade, e a manterem-se afastados de instalações militares e instituições sensíveis".

A ofensiva israelita surge num contexto de impasse nas negociações entre os Estados Unidos e o Irão sobre o programa nuclear iraniano. Nos últimos dias, tinham aumentado os receios de um ataque iminente de Israel contra alvos em território iraniano.

O Exército israelita confirmou que bombardeou, de acordo com as diretivas do Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, "dezenas de alvos" relacionados com o programa nuclear iraniano e outras instalações militares, disse um alto responsável militar à imprensa, numa videoconferência.

"Dezenas de aeronaves do Exército concluíram a primeira fase, que incluiu ataques contra dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irão", acrescentou.

O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel disse hoje que o país está a meio de "uma campanha histórica sem precedentes" contra o Irão.

"Esta é uma operação crucial para evitar uma ameaça existencial de um inimigo que procura destruir-nos", disse Eyal Zamir, numa declaração em vídeo.

Além de alegados alvos e instalações militares, Israel também tem como alvo cientistas nucleares iranianos e altos funcionários iranianos.

 

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